Emigrantes lesados do BES voltam a manifestar em Paris dia 26 de março

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]

 

 

O movimento Emigrantes Lesados Unidos (ELU) volta a manifestar no próximo sábado, dia 26 de março, às 10h30, junto à Embaixada de Portugal em Paris, “para lutar contra a discriminação da qual os emigrantes (nos quais os emigrantes lesados do BES/NB) são vítimas”.

Numa nota enviada às redações, assinada por Carlos Costa dos Santos, o movimento diz aproveitar a repetição das eleições legislativas pelo círculo da Europa, e considera que “os emigrantes foram mais uma vez discriminados” pelo facto de terem sido anulados mais de 157 mil votos dos eleitores do círculo da Europa, correspondendo a cerca de 80% do total dos votantes.

As reivindicações continuam a ser as mesmas. “Ao contrário do que foi dito pela comunicação social, ainda há produtos supostos de poupança (tais como o Euro Aforro 10) que ficaram fora de qualquer acordo. Por exemplo, de 100 euros depositados nestes produtos, os emigrantes lesados recuperaram 11 euros, quer dizer, uma perda quase total, e não 50% nem 75%!”

“Tal como em todas as manifestações prévias que organizámos em Paris, independentemente de quaisquer associações em que os emigrantes lesados não confiam mais desde o verão de 2017, reclamamos que sejam devolvidas todas as poupanças conseguidas depois de uma vida de sacrifícios fora de Portugal”.

Na nota enviada ao LusoJornal, Carlos Costa dos Santos lembra mais uma vez o discurso do Primeiro-Ministro António Costa em Champigny-sur-Marne, por ocasião do 10 de junho de 2016, quando afirmou que “os emigrantes foram enganados pelo BES”. Lembra também as promessas do Presidente do Partido Socialista, Carlos César, em março de 2015, e explica que “a 31 de maio de 2019, a Comissão Liquidatária do Banco Espírito Santo não reconheceu os emigrantes lesados como credores do BES, enquanto reconheceu, segundo a imprensa, Ricardo Salgado (ex-dirigente do BES) como credor comum. Uma situação incrível!”

“O nosso objetivo é também denunciar a corrupção atual em Portugal e os casos onde grandes devedores de estabelecimentos de crédito foram perdoados enquanto os emigrantes lesados – a quem foram comercializados produtos de alto risco sem o devido dever de informação – não foram ressarcidos” diz a nota de informação dos Emigrantes Lesados Unidos.

A luta destes emigrantes que perderam fortunas iniciou há mais de 6 anos, “mas a nossa determinação é intacta e íntegra. Nunca desistiremos da nossa luta, mais que justa”.

Esta nova manifestação em Paris vai ter lugar quando já se conhecerá a composição do novo Governo, que tomará posse quatro dias depois.

 

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]