Espetáculo da companhia francesa ‘Collectif 2222’ em digressão no Alentejo

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A companhia francesa Collectif 2222 apresentou nos dias 21, 22 e 23 de outubro, no Litoral EmCena um espetáculo de teatro físico que questiona a velhice e o final da vida, num espetáculo entre o burlesco e o drama.

Santiago do Cacém (dia 21), Vila Nova de Santo André (dia 22) e Sines (dia 23) são as três localidades que receberam o espetáculo em que é utilizada a técnica de máscara e, apesar de se tratar de teatro físico, é ainda trabalhado “o texto pela sonoridade, como um tapete sonoro que acompanha a partitura física”.

Embora com origem em França, formada por atores que frequentaram uma das mais prestigiadas escolas de teatro físico, a Escola internacional de teatro Jacques Lecoq, o Collectif 2222 conta com elementos de várias nacionalidades.

O espetáculo que este coletivo levou à Costa Alentejana, “Pourquoi ler vieux, qui n’ont rien à faire… traversent-ils au feu rouge”, é interpretado por atores oriundos de Inglaterra, Suécia, Colômbia e França.

A peça teatral, com encenação de Thylda Barès, questiona com subtileza os tabus à volta da terceira idade e procura pelo humor e pela técnica da máscara falar da intimidade e daquilo que faz com que sejamos crianças ou velhos, seres autónomos capazes de fazer escolhas.

Na ficha de apresentação da peça, lê-se: “Uma manhã, num lar de idosos, morre um velhinho. Um outro chega. É a rotina. Os jogos de cartas continuam, assim como os exercícios desportivos e de memória. Hoje, festeja-se o aniversário da centenária. Envelhecidos e desgastados, procuram dar sentido a sua existência no convívio e nas atividades de grupo da instituição. Mas para uma velhinha isso já não é possível. ‘Finita la commedia’, ela já não tem vontade de representar. O pessoal auxiliar e colegas dão-lhe forças diariamente. Que diabo! A vida é sagrada. Pouco lhe importa, a pequena senhora, quer é acabar com os seus dias”.

 

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