Evento promoveu a região do Tâmega e Sousa no Consulado de Paris

O Consórcio «Tâmega e Sousa Internacionaliza» – constituído pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, pelo Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, pela Ader-Sousa – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa, pela Dolmen – Desenvolvimento Local e Regional – CRL e pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico do Porto, organizou ontem, quinta-feira, dia 12 de outubro, uma ação promocional do território do Tâmega e Sousa no Consulado Geral de Portugal em Paris.

O evento enquadra-se num programa de promoção de três dias em Paris para participação na Fête des Vendanges de Montmartre e na Noite de Gala anual da Cap Magellan, na Mairie de Paris.

Gonçalo Rocha, o Presidente reeleito da Câmara municipal de Castelo de Paiva, que também já foi Presidente da CIM, foi um dos oradores da noite para agradecer o acolhimento do Cônsul Geral António de Albuquerque Moniz.

«Quero que se sintam aqui como se estivessem em vossa casa» disse António Moniz quando deu as boasvindas à Delegação portuguesa, da qual também faziam parte Vereadores das Câmaras municipais de Passos de Ferreira, Amarante e Felgueiras.

Também estava presente o Diretor da Delegação de Paris da AICEP, Rui Almas e o Conselheiro de Paris Hermano Sanches Ruivo.

Gonçalo Rocha respondeu às perguntas do LusoJornal.

 

O que veio fazer esta delegação a Paris?

Esta iniciativa trata-se, no fundo, de diplomacia económica, para apresentar a nossa região, para trazer a nossa região até esta cidade, esta capital, que tem, efetivamente, uma expressão muito grande de Portugueses. Queremos sobretudo gerar oportunidades, dar a conhecer um território que de facto tem um potencial muito grande, mas que necessita desta ligação, desta promoção, destes contactos ao mais alto nível. Temos feito este trabalho noutros pontos do globo, aliás eu estive muito associado, enquanto Presidente da CIM, à nossa participação numa Feira no Luxemburgo e esta é mais uma iniciativa que, julgamos, se traduz de facto numa importância muito grande para a nossa região.

 

E em que iniciativas participam?

Para além desta apresentação no Consulado Geral de Portugal, participamos na Fête des Vendanges de Montmartre, e fomos convidados, e ficámos muito honrados por isso, para as comemorações da Implantação da República na Mairie de Paris. A nossa região é uma das convidadas da noite. É importante para nós esse reconhecimento.

 

Que tipo de produtos trouxeram?

Trazemos sobretudo produtos agroalimentares locais, genuínos e temos efetivamente produtos de excelência. Em Castelo de Paiva temos, por exemplo, os Vinhos Verdes, brancos e tintos, de excelente qualidade. O melhor Vinho Verde do mundo está naquela região. Temos também o Pão de Ló, a Doçaria. Vieram alguns produtores, mas no fundo estão cá os produtos deles, e são as associações que fazem a promoção dos produtos locais. Há um trabalho realizado ao longo de vários anos e estas iniciativas – que têm apoio comunitário para serem realizadas -, são muito importantes para a dinamização da nossa economia e da nossa região.

 

Há muitos emigrantes de Castelo de Paiva em França?

Números não tenho, mas são muitos, e já são de várias gerações. Há um enfoque muito grande nos anos 60, mas agora há uma emigração mais recente, causada por situações menos fáceis no nosso país, nomeadamente no setor da construção civil, que felizmente está a ter dias melhores. Ao longo destes 10/15 anos houve efetivamente um fluxo grande de emigração para vários cantos do mundo e muito naturalmente para França e para Paris, claro. Hoje, a mobilidade é muito maior, a facilidade é maior, o custo das deslocações são mais baixos, os meios de comunicação são muito mais facilitados com as novas tecnologias, mas também é certo que esta nova emigração é muito diferente da de outrora. É uma comunidade, em muitos casos, muito mais instruída, muito mais preparada.

 

Castelo de Paiva tem um Gabinete de Apoio ao Emigrante?

Sim, temos um GAE em Castelo de Paiva, que foi posto em prática nos últimos anos e que é uma mais valia e facilita a vida dos emigrantes para tratar de assuntos quando vão lá de férias.