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Futebol: Hugo Vieira acredita no Estrela Vermelha frente ao PSG

O Paris Saint Germain recebe os Sérvios do Estrela Vermelha no Parc des Princes, num jogo a contar para a segunda jornada do Grupo C da fase de grupos da Liga dos Campeões europeus de futebol.

Na primeira jornada os Parisienses perderam por 3-2 na deslocação ao terreno dos Britânicos do Liverpool. Quanto aos Sérvios empataram sem golos frente aos Italianos do Nápoles.

O LusoJornal falou com Hugo Vieira, avançado português que atua no Yokohama Marinos no Japão, mas que já jogou no Estrela Vermelha. Este ano no clube japonês, o avançado luso apontou 12 golos em 26 jogos.

Para o nosso jornal, Hugo Vieira abordou o confronto entre o Paris Saint Germain e o Estrela Vermelha. E admitiu que o PSG é favorito, mas não se pode subestimar os Sérvios.

 

O que podemos esperar deste jogo?

É uma pergunta complicada porque são duas realidades completamente diferentes. O Estrela Vermelha é uma surpresa na Liga dos Campeões, já não entrava na competição há alguns anos. Para mim a equipa sérvia e os jogadores têm principalmente de desfrutar desta oportunidade e de estar a jogar estes grandes jogos. Claro que, como eles próprios dizem, vão lutar para vencer os jogos ou para pontuar, mas é muito difícil. Toda a gente sabe como é difícil defrontar o PSG. É uma das maiores potências financeiras com jogadores fantásticos. Os Parisienses são os favoritos.

 

A Liga dos Campeões pode trazer surpresas?

O futebol hoje em dia está cada vez mais equilibrado. Pode ser que o Estrela Vermelha esteja num dia inspirado e o PSG não esteja. Tudo pode acontecer no futebol. O PSG é o favorito, vai provavelmente vencer, ou não, é aliás o que eu desejo. Espero que o Estrela Vermelha possa surpreender, mas é muito difícil fora. Em casa, o Estrela Vermelha é sempre o favorito, em todos os jogos, porque tem os melhores adeptos do mundo. Por esse facto tem mais probabilidades de fazer melhores jogos. Espero, no entanto, que eles possam criar uma surpresa fora.

 

Foi um clube que o marcou?

Sem dúvida alguma. O Estrela Vermelha e a Sérvia mudaram a minha vida e vão estar para sempre no meu coração. Fui muito feliz lá, e provavelmente vou voltar lá um dia. A forma como eles me tratam, ainda hoje e já saí de lá há dois anos, fazem-me sentir especial. Recebo quase todos os dias mensagens a pedir para que volte ao clube. É incrível.

 

E como está a correr a experiência no Japão?

Felizmente nos últimos anos as coisas têm corrido muito bem. Toda a gente conhece o meu percurso e os problemas pessoais que tive. Mas estou feliz e muito concentrado naquilo que estou a fazer agora. Estou no melhor campeonato asiático e realmente a fazer muitos golos. As pessoas valorizam e gostam muito de mim aqui. Faz-me sentir bastante especial.

 

A adaptação foi complicada?

Aqui é uma diferença enorme, mas felizmente, como diz a minha mãe, eu adapto-me bem a qualquer situação ou a qualquer país, a qualquer cultura, e a qualquer comida. Para mim não foi difícil a adaptação. Isso viu-se aliás visto que no primeiro ano fomos à final da Taça do Japão e lutámos pelo título até às últimas três jornadas. Algo que infelizmente não aconteceu este ano, porque começámos muito mal. Mas agora estamos melhores e espero ganhar os próximos dois jogos. Aqui há muita competitividade. Se ganharmos os próximos dois encontros vamos lá para cima, e poderíamos lutar pelos cinco primeiros lugares, mesmo se é difícil. É esse o nosso objetivo atualmente.

 

Como olha para o futuro?

O meu contrato acaba este ano com o Yokohama Marinos, mas vou ser sincero, com as condições que me oferecem aqui e com o grande nome que construí aqui em tão pouco tempo, é muito difícil eu sair. Tem havido interesse dos melhores clubes japoneses e a nível financeiro, isto é o futuro. Aqui é futuro e não é por acaso que têm vindo para aqui grandes nomes. Provavelmente vou ficar no Japão porque oferecem-me condições praticamente impossíveis na Europa. Sinto-me valorizado. Vou ter de aprender a falar japonês fluente porque é importante para o meu futuro.