Grupo folclórico “A roda do Alto Paiva” de Orsay: como vai ser a retoma depois da Covid-19?

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O grupo folclórico “A roda do Alto Paiva” foi criado em 2007, representa, através da associação “Terra Lusa”, a região da Beira Alta, e faz parte da Federação do folclore português. Desde do seu último ensaio no princípio do mês de março de 2020, teve de enfrentar, como todas as outras associações, a interrupção forçada das suas atividades devido à pandemia de Covid-19.

E agora, como regressar aos ensaios?

Desde do mês de março de 2020, mês no qual foram estabelecidas as primeiras restrições para combater a pandemia, as associações tiveram que parar as suas atividades e, tal como as empresas, as associações e os grupos folclóricos também foram fortemente impactados. “O grupo viveu dificilmente a pandemia, faltaram-nos as saídas, os encontros, os nossos eventos anuais…” disse ao LusoJornal Maria de Lurdes Cordeiro, responsável pelo grupo folclórico. O pior foi a falta de contacto, de estarem juntos e de não se reunirem porque “os ensaios na sexta-feira era uma atividade que nós tínhamos, onde podíamos conhecer-nos, falar, beber um café, estar juntos”. De facto, as associações e os grupos folclóricos são verdadeiros lugares de socialização.

Antes da pandemia, o grupo era composto por cerca de 30 pessoas ou seja 8 a 10 pares de dançarinos. No que toca ao regresso aos ensaios, Maria de Lurdes Cordeiro diz que “não sabemos quando vai reabrir e quando vamos poder retomar o rancho. O caminho do folclore está complicado, mas no fundo tudo está complicado”.

A responsável do grupo continua a ser positiva e diz que apesar do facto da pandemia ter “estragado” muita coisa, “incluindo uma parte do universo folclórico”, no momento da reabertura, quando for possível, vão ver o que será possível fazer, e quando realmente vão poder retomar o rancho. Porque apesar de fazerem “do melhor” vão fazer o que será possível. “Não sei como se vai passar a retoma, mas estaremos parados ao menos até ao início do ano 2022, depois veremos, mas não vale a pena começar demasiado cedo e ter que parar de novo depois”.

A retoma das atividades já foi pensada por Maria de Lurdes Cordeiro que fará todo o seu possível para poder continuar. “Tenho muito gosto no nosso folclore, espero que não se vá perder”, no entanto para segurança de todos e para evitar de ter que fazer marcha-atrás e fechar de novo, a retoma não será para já.

Esta interrupção forçada foi difícil para o grupo “A roda do Alto Paiva” e Maria de Lurdes de Cordeiro diz que no momento do regresso aos ensaios “possivelmente haverá menos pessoas do que antes da pandemia” evocando o medo, mas também os ritmos de vida que com a pandemia se transformaram e são agora bem diferentes, “a motivação estará talvez menos presente, mas não o podemos saber e eu tenho esperança porque penso que sempre haverá pessoas que estarão disponíveis e que vão continuar. Sinto que as pessoas têm a necessidade de vir ao folclore”. Maria de Lurdes de Cordeiro tem vontade de continuar e de fazer o seu máximo para que o seu grupo possa ir para a frente porque “é pena que as coisas parem e que a nossa cultura se perca”.

 

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