Isabel Corte-Real é a nova Conselheira Cultural da Embaixada de Portugal em Paris

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O Decreto de nomeação de Isabel Maria Cuvreau de Mendonça Corte-Real para o cargo de Adida técnica principal para a área cultural na Embaixada de Portugal em Paris foi publicada esta manhã no Diário da República.

O Despacho é do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, de 25 de agosto de 2021, mas a proposta foi da Ministra da Cultura. Isabel Corte-Real vai substituir João Pinharanda em regime de comissão de serviço e pelo período de três anos.

A nova Conselheira cultural, que também deve assumir a Direção do Instituto Camões em Paris, como foi o caso dos seus antecessores, estudou História da Arte, tendo concluído o Mestrado na Universidade de Poitiers (França) em 1990. É membro do Conselho Consultivo do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra e do Conselho Consultivo do BAC (Banco de Arte Contemporânea).

Em 2002 completou a sua formação com a Pós-Graduação em Curadoria e Organização de Exposições (FBAUL em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian da qual foi bolseira), destacando-se ainda a participação, em 2015, no Séminaire Financement et Économie de la Culture (Programa Courants du Monde do Ministère de la Culture et de la Communication na Université Paris Dauphine) e, em 2019, no Séminaire Itinéraires Culture (Paris e Limoges).

Em 1993 integrou a EXPO’98 tendo sucessivamente desenvolvido funções no Departamento de Conteúdos e no Festival dos 100 Dias (como chefe de projeto das exposições Viagem ao Século XX e 100 Livros do Século, bem como de alguns espetáculos (Masurca Fogo de Pina Bausch, entre outros).

Entre 1993 e 1997 desenvolveu também a sua atividade profissional na área da História da Arte e do Património Cultural, tendo trabalhado na Direção-Geral dos Monumentos e Edifícios Nacionais (DGEMN).

Ainda segundo o anexo curricular publicado no Diário da República, após a EXPO’98, Isabel Corte-Real integrou o Instituto de Arte Contemporânea (IAC), participando na realização de várias exposições e edições desenvolvidas pelo Departamento de Artes Visuais. A partir desta data a sua atividade profissional concentrar-se-á na área das Artes Plásticas contemporâneas destacando-se, em 2000, o cocomissariado dos Encontros de Fotografia de Coimbra (projeto Mnemosyne).

Em 2002 é convidada pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa para a Direção de Produção da 1ª Bienal de Fotografia de Lisboa – LisboaPhoto 2003 e no término deste projeto é-lhe confiada a Divisão de Galerias e Ateliers da Câmara Municipal de Lisboa, voltando a assegurar a Direção da LisboaPhoto 2005. Produziu nesses anos uma série de filmes para as instalações da autoria de Julião Sarmento.

Mantém atividade regular desde 1990 em matéria de edições, destacando-se a coordenação editorial de catálogos como Festival dos Cem Dias/EXPO’98, Luxury Bound – Fotografias de Jorge Molder (representação portuguesa na XLVIII Bienal de Veneza), Mnemosyne (XIX edição dos Encontros Fotográficos de Coimbra), LisboaPhoto (2003 e 2005), para além do guia Experimenta Design 2003.

Desde 2009 leciona pontualmente quer no Departamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa como no Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes, Universidade de Coimbra.

Em 2006 foi adjunta para a área da Cultura do Ministro da Economia e Inovação (XVII Governo) e integrou, de 2007 a 2008, a Divisão de Diplomacia Pública da Nato.

É desde 2008 Conservadora da Coleção da Caixa Geral de Depósitos (CGD), assegurando a coordenação do tratamento, gestão, exibição e difusão da coleção. Entre 2016 e 2018 foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Cultura (XXI Governo). Desde abril de 2020 é Administradora na Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.

Depois de Eduardo Prado Coelho, já passaram pelo Departamento cultural da Embaixada de Portugal em Paris o poeta Nuno Júdice, a gestora Fátima Ramos e o curador João Pinharanda.

 

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LusoJornal