LusoJornal | Mário Cantarinha

José Cesário anunciou que o PSD vai organizar uma Academia de Verão das Comunidades portuguesas

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O antigo Deputado e antigo Secretário de Estado das Comunidades portuguesas, José Cesário, agora coordenador da área das Comunidades no PSD, anunciou em Paris que o Partido vai organizar este verão a primeira edição da Academia de Verão das Comunidades Portuguesas.

O anúncio foi feito em Paris, na sede do partido Les Republicains, na reunião que o PSD/Paris organizou para acolher o líder do partido, Luís Montenegro.

“O Partido não é uma associação igual a qualquer outra, o Partido serve para discutir aquilo que são as soluções para os problemas da sociedade e das pessoas” disse José Cesário. “O PSD é um Partido sério, um Partido organizado, é um Partido que tem que dar um sinal aos mais novos” e é nesse sentido que José Cesário anunciou vários fóruns que já estão em curso. “Temos a decorrer vários fóruns, no movimento ‘Acreditar’, no âmbito do Conselho estratégico nacional e diretamente através das nossas Secções em todo o mundo”.

Luís Montenegro encarregou José Cesário e Carlos Gonçalves para reorganizarem o Partido nas Comunidades. “A maior parte das Secções do PSD espalhadas pelo mundo já está organizada, vamos impulsionar um programa de debates que espero que venha a arrastar e a envolver gente nova, nova na idade e nova na participação política. No verão, em Portugal, vamos organizar a primeira Academia de Verão das Comunidades portuguesas e o seu responsável foi o primeiro responsável pela Universidade de Verão da JSD, já há muitos anos” disse José Cesário. “Estamos a alargar o número de protagonistas, porque temos consciência – e eu particularmente – que a idade passa. Precisamos de encontrar soluções para o futuro, gente que tenha força, vitalidade, interesse, pensamento crítico, para podermos posicionar-nos e para fazer do PSD aquilo que ele sempre foi: o maior Partido a nível das Comunidades portuguesas”.

Num discurso improvisado e perante uma plateia de militantes e de simpatizantes, José Cesário disse que “precisamos de um PSD muito forte, porque temos que ser realistas, neste momento, a nível do Governo, não há uma relação normal com as Comunidades”. E acrescentou que “o PSD tem que denunciar aquilo que se passa neste momento. O Partido Socialista não estava preparado para governar na área das Comunidades, e continua a não estar hoje”.

O antigo Secretário de Estado disse que o PS o criticou, mas depois não corrigiu o que anteriormente considerava mal. “Ouvimos o Partido Socialista criticar-me sobre algumas medidas tomadas nas circunstâncias económicas que nós conhecemos e depois, não vimos esse mesmo Partido Socialista corrigir essas medidas e avançar com novas medidas de reforma”.

José Cesário destacou algumas dessas medidas. “Não posso esquecer que o mesmo PS que votou connosco, em 2018, o alargamento do recenseamento de forma a que tivéssemos passado a ter 256.000 pessoas das Comunidades a votar – foi o que se passou nas últimas eleições legislativas – esse mesmo Partido Socialista acaba de propor na Assembleia da República a inversão do método, passando a privilegiar o voto presencial, em detrimento do voto por correspondência e, mais do que isso, recusando o voto eletrónico. Isto mostra que o PS não está em fase com as Comunidades” e depois acrescentou que “criticaram-me tanto por causa da Propina e da Certificação das aprendizagens no Ensino português no estrangeiro, e o resultado de tudo isto é que a Propina continua ao fim de 8 anos. Pior do que isso, países como a Suíça ou como França têm uma desvalorização do ensino português. Hoje, em escolas secundárias francesas, o número de alunos no ensino de língua portuguesa reduz-se de ano para ano, portanto, meus caros amigos, há um mundo de coisas para fazermos e é por isso que estivemos aqui hoje a trabalhar”.

José Cesário diz que tem estado há vários meses a trabalhar para reorganizar o partido fora de Portugal “espero que venhamos a ter resultados palpáveis desse trabalho porque o PSD é um partido que se posiciona sempre para governar. Nós estamos aqui para encontrar as melhores soluções em termos de governação, neste caso concreto para os Portugueses que vivem e que trabalham no estrangeiro”.

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