Lusa | Manuel de AlmeidaJosé Cesário confessou que não pediu para sair do Governo_LusoJornal·Comunidade·10 Junho, 2025 O ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas confessou que não pediu para sair do Governo e que foi afastado da pasta que ocupava. Questionado pela agência Lusa se partiu de si a decisão de não integrar o Governo empossado na passada sexta-feira, José Cesário respondeu que não. “Para sair do Governo não. Não foi. O Governo decidiu que eu não continuaria”, disse apenas. Uma petição pública está a circular, essencialmente no Brasil, a pedir a Luís Montenegro de voltar a integrar José Cesário na pasta das Comunidades portuguesas. Mas o ex-Secretário de Estado das Comunidades escusou-se a comentar esta ação, alegando apenas que fica satisfeito por saber que gostaram do seu trabalho. “Não faço comentário nenhum. Como deve imaginar, a única coisa é que fico satisfeito por saber que há gente que gostou do meu trabalho, mais nada. O facto de haver muita gente que está satisfeita com o meu trabalho, para mim, naturalmente, enche-me, diria, de satisfação, deixa-me feliz, é óbvio, sim, é a única coisa que tenho a dizer”, disse José Cesário à Lusa. José Cesário, que assumiu em três ocasiões a pasta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (2002-2004, 2011-2015 e 2024-2025), não foi reconduzido no cargo no atual Governo. Por essa razão, um grupo de associações e entidades portuguesas no estrangeiro criaram uma Petição Pública dirigida ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. “As associações e entidades portuguesas sediadas no estrangeiro, representando milhares de cidadãos lusodescendentes e portugueses residentes fora do território nacional, vêm, por meio do presente manifesto, expressar a sua profunda preocupação, inconformismo e repúdio perante a exclusão do Senhor José Cesário do cargo de Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas”, lê-se na petição, divulgada ontem de manhã e que já apresentava 278 assinaturas de apoio. José Cesário acrescentou à Lusa que tinha sido informado da existência de um abaixo-assinado, mas desconhecia que iria ser criada uma petição pública. “Vários dirigentes associativos e Conselheiros das comunidades, etc, que me tinham transmitido (…) que estavam empenhados nisso (…) para transmitir a sua discordância. Cada um é livre de fazer o que entender. Eu não o teria feito”, afirmou.