Lusa | José Sena GoulãoLegislativas’25: PS diz que partidos com responsabilidades governativas têm que reconstruir confiança com emigrantes_LusoJornal·Política·29 Maio, 2025 O PS defendeu ontem que os partidos com responsabilidades governativas devem “reconstruir a relação de confiança com os emigrantes”, depois de o Chega ter voltado a ganhar na emigração, considerando que “na democracia ganha-se e perde-se”. Na FIL, em Lisboa, onde estava a decorrer a contagem dos votos dos emigrantes portugueses nas legislativas de 18 de maio, e numa altura em que já era certo que o PS perdeu o seu único Deputado nestes dois círculos, Pedro Vaz, Secretário nacional para a organização, respondeu aos jornalistas sobre esta pesada derrota eleitoral. “O Chega já tinha ganho as eleições nos círculos da emigração. Não há uma novidade nesta matéria. Aquilo que é necessário, a todos os partidos com responsabilidades governativas no nosso país, é reconstruir a relação de confiança com os nossos emigrantes”, defendeu Pedro Vaz, passando essa reconstrução pela resolução dos problemas destas pessoas. Referindo que o partido está neste momento já num processo de mudança de liderança, depois da demissão de Pedro Nuno Santos logo na noite das eleições, Pedro Vaz referiu que o partido “terá um trabalho de reflexão”. “A responsabilidade dos resultados obviamente é do Partido Socialista como um todo. O Partido Socialista não conseguiu convencer os portugueses que tinha o melhor projeto para o país e é assim na democracia. Na democracia ganha-se e perde-se”, assumiu. O dirigente do PS começou por, em nome do partido, agradecer “a cerca de um milhão e meio de portugueses que continuam a acreditar no Partido Socialista” e votaram nos socialistas, considerando que isso significa que o projeto do PS “continua a fazer sentido para o país”. “Relativamente aos resultados da emigração, como nos restantes resultados, obviamente este não era o resultado que o Partido Socialista esperava nestas eleições. O Partido Socialista perdeu claramente estas eleições e obviamente assumirá daqui para a frente, uma posição construtiva de oposição e de voltar a conquistar a confiança da maioria dos portugueses no projeto político que temos para o nosso país”, apontou. Assumindo que os Socialistas “obviamente não estão satisfeitos com o resultado” eleitoral, Pedro Vaz disse que neste momento a palavra é do Presidente da República e, que, “ao que tudo indica, será indigitado o Primeiro-Ministro Luís Montenegro”. “Como é que o Governo de Luís Montenegro, da AD, pensa governar o país? O PS cá estará, como sempre, a apresentar as suas propostas na oposição e a fazer aquilo que sempre fez junto dos eleitores”, assegurou. Sobre as condições da governabilidade, o dirigente do PS remeteu para as palavras do Presidente do PS, Carlos César, no sábado, à entrada para a Comissão Nacional do partido. “Se nas últimas eleições legislativas, onde houve um empate em número de Deputados do PSD e do PS, o Partido Socialista, de forma responsável, viabilizou o programa de Governo, votando contra a moção de rejeição que existiu, por maioria de razão nestas eleições iremos ter exatamente o mesmo comportamento de responsabilidade para com o país e para com os eleitores”, enfatizou.