LusoJornal/15 anos: Não é verdade que se lê cada vez menos

Há 15 anos que o LusoJornal nos congratula com a informação que nos é dedicada, a nós emigrantes, a nós que estamos com um pé em França e com outro em Portugal. A nós que nos interessamos pelo que nos diz respeito enquanto cidadãos membros da Comunidade portuguesa, mas membros da Comunidade europeia e cidadãos de um país que nos acolhe.

O LusoJornal, pela sua particularidade de ser bilingue, é também uma forma de chegar aos que não dominam o português, sejam eles Portugueses ou não. Em Pontault-Combault, o jornal está à disposição na sede da APCS a todos os que visitam o nosso local: pessoas que procuram ajuda, membros da associação, pais de alunos e alunos adultos de origens variadas do Instituto Lusófono.

O LusoJornal é fonte da informação direta que nos diz respeito e visita-nos todas as semanas com assuntos que nos interessam realmente. É a janela que nos dá a conhecer através da publicidade, organismos e empresas de origem portuguesa e as diferentes prestações de serviços.

Por isso, felicito o LusoJornal, o seu Diretor Carlos Pereira e todos os colaboradores pela sua existência no meio da Comunidade portuguesa em França.

Gostaria de relembrar que a preservação do jornalismo não depende só do empenho do LusoJornal, do seu Diretor e dos voluntários que colaboram, mas sim de todos nós: leitores, anunciantes, publicidades, indústrias e empresas anunciantes.

Com o surgimento das redes sociais e a internet, a comunicação deixou de ser vertical e unilateral, para passar a ser horizontal e de contato direto com os leitores.

O LusoJornal está atento à voz dos leitores, da Comunidade e dá voz às atualidades e necessidades da população. O leitor é a principal fonte de preocupação e não é verdade que se lê cada vez menos, lê-se, mas em plataformas diferentes, por isso é de louvar a modernidade e a presença do LusoJornal nas redes sociais de forma a chegar aos mais jovens e aos menos adeptos do formato clássico.

Se as redes sociais e a internet nos permitem ter informações simultâneas e ilimitadas de Tóquio, Nova Iorque, África do Sul, ou as ilhas do Pacífico, elas não nos informam de problemáticas mais diretas como é o caso de atualidades que nos dizem respeito diretamente e que podem ter influência na nossa vida quotidiana, como é o caso de um jornal local que nos fala da Comunidade, dos seus problemas e das suas atividades.

Que tenha longa vida o LusoJornal e que a Comunidade portuguesa reconheça e participe diretamente, através de um apelo a que as empresas façam a sua publicidade, para que este jornal continue a estar presente nas nossas vidas e continue a informar nos diferentes sentidos e sinónimos: notificar, instruir, dar informação sobre, esclarecer…

 

Mário Castilho,
Comendador da Ordem de Mérito, fundador da APCS de Pontault-Combault e ex-Conselheiro das Comunidades Portuguesas

 

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