LusoJornal / Mário Cantarinha

Momento de Poesia com Carlos Manuel Candeias

Natal é sempre Natal

 

Ainda me lembro do Natal da minha infância!

O Natal que eu vivi com olhos de criança,

Mesmo se não tinha o presente,

Que eu tanto desejava e queria.

 

Nesses tempos de pouca a abundância,

No Natal, era sempre uma criança contente.

Pois sabia que no Natal um outro Menino nascia,

E que ele seria o meu melhor presente.

 

O meu coração de menino inocente,

Dentro do meu peito saltitava de alegria.

Mais importante que uma mesa recheada,

Cheia de tudo, onde não falta nada,

Era felicidade de estarmos juntos nesse dia

De receber e abraçar toda a gente!

 

Como um rei Mago também procurei a estrela brilhante,

Que me guiasse, nem que fosse um só instante,

Para junto dessa distante mangedoura

Para adorar o Menino, São José e a Nossa Senhora.

 

Tal como o rei e o pastor,

Fui-me inclinar em frente do Senhor,

Que nas suas palhas deitado

Por mim foi beijado

 

Que lindo menino e tão engraçado!

Por toda a Terra o seu nome será louvado!

Sorridente, oferecia o seu amor a toda a gente,

Fosse rico, pobre, culpado ou inocente.

 

Ele sabia que o seu destino já estava traçado,

Pelo seu Pai todo poderoso e muito amado!

Que pelos homens que vinha salvar,

Numa cruz seria crucificado!

Mesmo assim, não deixou de nos amar,

Na noite de Natal começou a perdoar!

 

E foi nessa noite que aprendi a lição,

A magia do Natal, é amor e perdão.

O Natal é dar, sem esperar receber!

Tudo está no teu querer,

É tão simples e a decisão é só tua,

Que a luz brilhe mais em ti, que na decoração da rua!

 

O Natal somos nós e as nossas ações!

Vamos dar as mãos e abrir mais os corações,

Neste Natal, nasce de novo, aprende a perdoar!

É de ti que estão à espera, aqueles que dizes amar!

 

Festas Felizes