Lusa | António Pedro Santos

Opinião: Uma ‘rentrée’ com cultura portuguesa em Paris

Cabe-me iniciar a nova temporada de crónicas da rádio Alfa. Agradeço o convite e espero trazer-vos, cada semana, boas propostas e reflexões culturais.

Desejo-vos desde já, uma boa ‘rentrée’ e uma boa ‘saison’. A saudação faz sentido, assim, misturando o português e o francês, porque os dois conceitos entraram na nossa língua como galicismos e por cá se mantêm imunes à invasão anglófona – aliás, tão fortes, que os próprios falantes de inglês as usam!

E de que ‘rentrée’ e de que ‘saison’ portuguesas em França vos posso falar? De imediato, já esta semana, e quase em sobreposição de horários, tivemos uma exposição e a apresentação e um livro.

Na rue de Verbois (Paris 3, perto de Arts et Métiers), na sexta-feira, pelas 18h00, foi inaugurada, na galeria Vertbois, a exposição coletiva Still Cabanon resultado de um projeto de arquitetura e design inspirado ela famosa cabana-estúdio de Le Courbusier. Apresenta, entre outras, obras de nomes com obra significativa em França (como Aires Mateus, Didier Fuiza Faustino, ele mesmo luso-francês, Eduardo Souto de Moura ou João Luís Carrilho da Graça). O novo espaço merecerá, muitas vezes a nossa atenção já que se propõe dedicar, ao longo de cada ‘saison’, duas ou três mostras a projetos de origem portuguesa.

No mesmo dia, com começo às 19h30, no Théâtre de la Bastille, a escritora Lídia Jorge falou, no contexto de uma apresentação coletiva de novos romances da ‘Rentrée Littéraire’ a tradução do seu último romance, “Estuaire”, uma vez mais uma sensível e atenta reflexão sobre a realidade portuguesa do pós-25 de Abril.

Boa ‘rentrée’ portanto com cultura portuguesa em Paris.

 

Esta crónica é difundida todas as semanas, à segunda-feira, na rádio Alfa, com difusão às 7h00, 9h00, 11h00, 15h00, 17h00 e 19h00.

 

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