Lusa | Manuel de Almeida

Presidenciais’26: Marques Mendes quer que emigrantes votem pelo correio também para as Presidenciais e defende voto eletrónico


O candidato a Presidente da Republica Portuguesa Luís Marques Mendes anunciou que vai lançar um apelo aos partidos na Assembleia da República e ao Governo por uma mudança na lei eleitoral até janeiro, para que os emigrantes possam votar por correspondência nas eleições presidenciais.

Em declarações à Lusa em Newark, nos Estados Unidos, onde foi participar nas celebrações do Dia de Portugal, Marques Mendes admitiu que os emigrantes com quem se cruzou não percebem a dualidade de critérios de poderem votar por correspondência nas eleições para Deputados, mas não para as Presidenciais.

“As pessoas queixam-se muito, e com razão, que o voto devia ser eletrónico. E eu acho que sim. Quer em Portugal, quer fora de Portugal, já podia ser um voto eletrónico. Mas, sobretudo, as pessoas queixam-se de que há dois pesos e duas medidas”, começou por dizer. “Nas eleições para Deputados, as pessoas votam por correspondência, o que é mais fácil. Nas eleições para Presidente da República, têm de ir ao Consulado votar, o que é mais difícil. E as pessoas não percebem esta dualidade de critérios. E sentem que isto é uma discriminação”, afirmou.

Nesse sentido, o candidato garantiu que fará “um apelo aos partidos na Assembleia da República e um apelo ao Governo, para que daqui até janeiro do próximo ano ainda possam mudar a lei eleitoral, pelo menos, para garantir a mesma coisa que acontece na eleição do Deputado: o voto por correspondência”.

O antigo Presidente do PSD considera ainda existir tempo suficiente para proceder a essa alteração a tempo das presidenciais, agendadas para janeiro do próximo ano. “Portanto, se os partidos se entenderem na Assembleia da República, eu julgo que ainda é possível fazer esta alteração à lei. E vou sugerir isso mesmo. A questão não é do interesse do candidato A ou B. É do interesse de Portugal. E é, sobretudo, do interesse de Portugal satisfazer os maiores anseios das Comunidades portuguesas dispersas pelo mundo”, acrescentou.