LusoJornal / LSG

PSD interroga o Governo sobre a necessidade de obras no Cemitério militar português de Richebourg

O Grupo parlamentar do PSD apresentou hoje uma pergunta ao Governo sobre o Cemitério Militar Português de Richebourg, em França. Os Deputados querem saber se o Governo “tem conhecimento da necessidade de serem feitas algumas obras de conservação e melhoria do espaço” no Cemitério Militar Português de Richebourg e se está “disponível para disponibilizar as verbas necessárias às operações de restauro e melhoramento”.

Esta intervenção do Grupo Parlamentar do PSD, conta com a assinatura do líder da bancada Adão Silva, da Coordenadora do Grupo parlamentar do PSD na Comissão de Defesa nacional Ana Miguel Santos e do Deputado do PSD eleito pelo círculo eleitoral da Europa, e surge no seguimento de uma reportagem feita pelo LusoJornal e coordenada pelo nosso correspondente no norte da França, António Marrucho.

“O Cemitério Militar Português de Richebourg, situado no norte de França, tem sepultados 1.831 soldados portugueses do Corpo Expedicionário Português que combateu na I Guerra Mundial ao lado de Franceses e Britânicos contra a Alemanha e seus aliados. Após o conflito, os soldados portugueses que morreram em França e que foram enterrados nos vários cemitérios franceses, foram depois transladados para este cemitério de Richebourg, tornando-se este um importante monumento à memória destes soldados tombados em combate” diz o texto de introdução à pergunta. “O Cemitério acolhe anualmente, em abril, as cerimónias alusivas à presença portuguesa na I Guerra Mundial e à participação na Batalha de La Lys, contando com a presença de altos dignatários de França e Portugal, nomeadamente, os Presidentes da República e Primeiros-Ministros dos dois países, sendo um verdadeiro símbolo para a história militar portuguesa. Ao mesmo tempo todos os anos é visitado por um número muito elevado de alunos, que ali se deslocam no âmbito da disciplina de História que aborda o tema da I Guerra Mundial e o Dever de Memória”.

Carlos Gonçalves conhece bem o cemitério porque tem marcado presença regular nas comemorações da Batalha de La Lys e a ele se deve a iniciativa do Grupo parlamentar do PSD que é assinado por vários outros Deputados e lembra que o Cemitério Militar Português de Richebourg é, juntamente com outros cemitérios e monumentos, candidato a Património Mundial da UNESCO, “o que acaba por ser demonstrativo da importância deste local de memória”.

Na reportagem que o LusoJornal difundiu, e no estudo que António Marrucho efetuou minuciosamente, é clara a necessidade de obras de conservação do cemitério português. “A manutenção e a conservação do Cemitério são, desta forma, fundamentais para garantir a preservação, em condições dignas, das campas dos soldados portugueses que ali repousam e, ao mesmo tempo, dar uma imagem de um Portugal que preserva as suas memórias, neste caso, as suas memórias militares. Ora, cada vez mais, são mais frequentes as vozes que se levantam a pedir uma maior atenção para o Cemitério, tendo em conta a degradação, provocada pelo passar dos anos e pelo próprio clima, quer nas campas e nas estelas, algumas onde já se tem dificuldade em ler o nome do soldado que ali se encontra, quer nos espaços envolventes” diz o texto do PSD dirigido ao Ministro da Defesa.

“Neste sentido, seria importante que o Governo português pudesse garantir a concretização do restauro das campas e das áreas envolventes das mesmas de forma a assegurar que o Cemitério Militar Português de Richebourg continue, por muitos mais anos, a desempenhar o seu relevante papel de lembrar todos aqueles que tombaram sob a bandeira portuguesa nas campanhas francesas da I Guerra Mundial”.

É neste contexto que os Deputados do PSD perguntam ao Ministro da Defesa Nacional: “Tem o Governo conhecimento da necessidade de serem feitas algumas obras de conservação e melhoria do espaço no Cemitério Militar Português de Richebourg? Está o Governo disponível para disponibilizar as verbas necessárias às operações de restauro e melhoramento do Cemitério Português de Richebourg? Para quando prevê o Governo poder realizar estas obras de manutenção?”

 

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