Renault despede 10.000 trabalhadores, mas Portugal escapa ao plano de despedimentos

A fábrica da Renault em Cacia, no distrito de Aveiro, não deverá ser atingida pela vaga de despedimentos anunciada esta semana pelo fabricante automóvel francês, disse fonte da empresa em Portugal à Lusa.

A Renault anunciou a supressão de 15 mil postos de trabalho em todo o mundo, 4.600 dos quais em França, uma medida que faz parte de um plano para reduzir custos em dois mil milhões de euros.

Mas em declarações à Lusa, o Diretor de comunicação da Renault Portugal, Ricardo Oliveira, disse que a fábrica de Cacia “está a arrancar com a produção da nova caixa de velocidades, que fabrica em exclusivo para o Grupo Renault, e que vai equipar os modelos e os grupos motopropulsores de maior volume no seio do grupo”.

“Neste contexto, não está em perspetiva uma redução da capacidade industrial em Cacia”, afirmou o responsável.

Com mais de 1.100 colaboradores, a fábrica da Renault em Cacia é a segunda maior unidade do setor automóvel de Portugal, logo a seguir à Autoeuropa.

Neste momento, está em curso um investimento superior a 100 milhões de euros para dotar aquela unidade das condições necessárias à produção de uma nova geração de caixas de velocidades para os modelos mais representativos do Grupo Renault, mas também da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

Um comunicado da Renault esclarece que a redução de efetivos afeta 8% do total dos trabalhadores e deverá ser implementada nos próximos três anos, em colaboração com os sindicatos e autoridades de cada país. O plano prevê a supressão de “perto de 4.600” postos de trabalho em França e mais de “10 mil” no resto do mundo, sem precisar os países afetados. A empresa pretende ainda reduzir a produção de veículos, de quatro milhões em 2019 para 3,3 milhões em 2024.

 

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