São João da Madeira: Museu da Chapelaria com duas exposições da marca francesa Dior


O Museu da Chapelaria, em São João da Madeira, reabriu ao público este fim de semana, após seis meses de obras para integrar novos conteúdos na mostra permanente e estreou duas exposições sobre a marca francesa de alta-costura Dior.

Segundo a Diretora deste museu do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, propõe uma mostra sobre o tratamento que a casa francesa teve na imprensa feminina portuguesa a partir de 1947 e outra sobre o impacto dos chapéus da Maison Dior nos conceitos de estética e luxo após a II Guerra Mundial.

“A mostra relativa à imprensa portuguesa resulta de uma investigação nossa e a referente aos chapéus foi concebida com o Museu Christian Dior, de Granville, especificamente para a nossa Sala de Exposições Temporárias. Marca assim a estreia da Maison Dior em Portugal no contexto de uma exposição exclusiva, feita à medida”, declarou Tânia Reis à Lusa.

A mostra sobre a imprensa portuguesa parte de uma investigação a três revistas femininas de referência em meados do século XX – Eva, Voga e Modas & Bordados – Vida Feminina – e analisa o impacto que teve na elite portuguesa, a partir de 1947, o estilo “New Look” criado por Christian Dior (1905-1957).

A exposição aborda aspetos como o lançamento em 1954 de “O Pequeno Dicionário de Moda” – em que o costureiro francês revelava segredos do estilo e aconselhava “o que vestir, como andar com graça ou que tipo de chapéu usar em diferentes ocasiões” – e recordar eventos como a conferência que o mesmo ‘designer’ deu em 1955 na Sorbonne – onde, perante 4.000 pessoas, “foi o primeiro estilista a filosofar sobre a Estética da Moda” em 700 anos de história dessa universidade.

Já quanto à exposição “Chapéus Dior”, procurará demonstrar as razões pelas quais o costureiro considerava esse acessório “a quintessência da feminilidade”. Com 15 exemplares desenhados pelo estilista, a mostra propõe assim uma reflexão sobre a importância do chapéu não apenas como elemento essencial do estilo Dior e da alta-costura em geral, mas também como símbolo histórico e social de determinada época e geografia.

As duas mostras estarão disponíveis até 20 de abril.