LusoJornal / Mário Cantarinha

Setúbal e Nanterre assinaram um Protocolo de cooperação

As cidades de Setúbal e de Nanterre (92) assinaram um Protocolo de cooperação, na quinta-feira da semana passada, dia 29 de novembro, na Mairie da cidade francesa, perante representantes associativos e políticos locais, assim como do Embaixador de Portugal em França.

Patrick Jarry, Maire de Nanterre, estava satisfeito e orgulhoso com esta aproximação com a cidade do Centro-Sul de Portugal. “Estou contente por poder contar com a presença do Senhor Embaixador de Portugal no que diz respeito a esta aproximação, este casamento, entre Nanterre e Setúbal. Era uma vontade da cidade de trabalhar e de colaborar com cidades portuguesas. É óbvio que ao longo dos anos tivemos uma aproximação com cidades do Minho, visto que os ‘filhos’ dessa região moram em Nanterre, construíram uma vida na nossa cidade, estão enraizados em Nanterre, aqui construíram também empresas e comércios. Foi realmente importante”, afirmou Patrick Jarry.

No entanto, desta vez a cidade da Região parisiense aproximou-se duma cidade do Centro-Sul de Portugal. “Mas ainda não é uma geminação”, referiu.

“Esta aproximação com Setúbal vai permitir uma ligação da nossa cidade a Portugal, e sobretudo uma maior ligação entre Nanterre e a sua Comunidade portuguesa. Quero dizer que tanto a cidade de Nanterre como a de Setúbal, têm similitudes. Setúbal é uma grande cidade, nos arredores da capital, Lisboa, e Nanterre é uma grande cidade nos arredores da capital, Paris. Temos uma história comum, cidades industriais, portuária para a cidade portuguesa e fluvial para a nossa cidade. Somos cidades de operários, integradas em metrópoles, mas que conseguem conservar as suas próprias histórias. Estar perto das metrópoles é uma sorte, mas não podemos ser engolidos por elas” disse o Maire de Nanterre no seu discurso. “Acho que a aproximação das nossas duas cidades, os intercâmbios entre os nossos habitantes, as nossas associações e também os nossos empresários, bem como os nossos comércios, vão dinamizar a nossa relação que já é importante. A palavra das cidades nos arredores das grandes metrópoles, tem de ser ouvida e por isso faz sentido estarmos juntos com várias outras cidades pelo mundo. A voz de Setúbal pode ser importante nesta rede comum”.

O Maire da cidade francesa também deixou uma palavra para os Portugueses de França: “A Comunidade portuguesa de Nanterre está em casa e vai continuar eternamente aqui na nossa cidade, tanto a nível social como a nível associativo e político”, concluiu.

 

Setúbal, cooperação para partilhar experiências

Por seu lado, Maria das Dores Meira, Presidente da Câmara municipal de Setúbal, começou por abordar a importância que tem a cidade de Nanterre, destacando a forma como os Portugueses foram acolhidos nesta cidade da Região parisiense.

“É uma honra estar aqui com uma cidade amiga, uma cidade solidária, uma cidade que sabe acolher bem as pessoas que vêm de outras paragens, como é o caso dos Portugueses, para aqui trabalharem e terem uma vida melhor”, sublinhou.

A autarca portuguesa reforçou a ideia de Protocolo com a cidade francesa que aponta para várias temáticas como a proteção civil, isto após uma visita na quinta-feira às instalações dos Bombeiros de Nanterre. “Tenho de agradecer esta proposta de trabalho, de intenção de Protocolo, para trabalharmos juntos em diversas áreas como a proteção civil e o socorro. O Protocolo também trata de cidadania, que é extremamente importante para Setúbal e para Nanterre” frisou. “Um Protocolo que finalmente também aborda as questões do desporto e da cultura. Espero que vamos estar mais próximos e que vamos poder trocar mais experiências. Também espero que a população de Setúbal possa vir a Nanterre e vice-versa, para sentirmos como é viver numa ou noutra cidade”.

Maria das Dores Meira também abordou o aspeto humano de tentar aproximar os povos. “Neste mundo globalizado e cada vez mais distante dos cidadãos, este Protocolo é importante para aproximar as populações e para haver um intercâmbio internacional entre os países”.

Marco Martins, Mário Cantarinha e Daniel Marques

 

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