Três amigos percorreram 1.750 km de bicicleta até Portugal

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Dinis Amorim, Miguel Antunes, Nuno Soares, eis os nomes dos três ciclistas amigos que partiram de Vitry-sur-Seine, na região parisiense, no dia 1 de maio, com destino a Codeceda, no norte de Portugal, onde chegaram no dia 13. Fizeram, de bicicleta, o caminho que percorreram durante mais de 30 anos de carro para ir visitar as suas famílias e passar férias. No total percorreram 1.750 quilómetros em 12 dias.

Uma aventura que “começou com uma brincadeira” diz Dinis Amorim, as férias já estavam marcadas, os três já estavam preparados e a aventura já estava prevista para 2020, mas teve de ser adiada devido à pandemia.

A ideia surgiu durante um jantar, para festejar uma primeira aventura que os amigos tinham feito com um pequeno grupo: tinham ido até Portugal em pequenas motas.

Foi Miguel Antunes que propôs esta nova aventura, aventura que Diniz Amorim também já tinha em projeto há alguns anos e que queria realizar antes dos seus 50 anos.

Nesse jantar, também estava presente o senhor Rodrigues que se propôs de os acompanhar se o projeto fosse para a frente. E foi o que se passou, o senhor Rodrigues, que é um empresário português em França, seguiu-os com a esposa, em duas autocaravanas e os dois ajudaram-nos durante toda a viagem.

Depois desta discussão, os três amigos que se conheceram há uns dez anos durante uns passeios de moto-todo -terreno em Portugal, marcaram uma data e começaram a equipar-se e a treinarem-se. Treinavam juntos aos domingos e quando tinham tempo durante a semana. Acabaram por treinar durante dois anos.

Em relação à rota a seguir, esta aventura “foi organizada com uma folha de papel sobre o joelho”, diz Dinis Amorim ao LusoJornal, ou seja, pegaram num mapa e traçaram o percurso que iam fazer. Saíram de Vitry-sur-Seine porque é lá que o senhor Rodrigues, patrocinador desta aventura, tem um depósito. Passaram pela costa, seguindo por pequenas estradas. No início, tinham previsto ir em direção a Paredes de Coura, o que fazia 1.711 quilómetros para 11 dias de percurso. No entanto, receberam tantas mensagens para irem até à freguesia de Miguel Antunes, que decidiram prolongar de um dia esta aventura e de acabá-la em Codeceda.

No que diz respeito às diferentes etapas diárias, “a mais longa durou 8h20 e foi de 205 km, foi num dia onde havia bom tempo”, eles quiseram aproveitar porque sabiam que depois a chuva e o mau tempo estavam previstos. Quanto à mais curta, ocorreu nos últimos dias, porque tinham avanço e foi de 80 quilómetros, em 3h30.

Durante esta aventura, nem tudo foi fácil e tiveram que enfrentar alguns problemas. O maior foi a pandemia que, para além de os ter obrigado a adiar a viagem de um ano, os levou todos os três a serem multados por causa das restrições durante um treino.

A pandemia também fez que muitos parques de campismo estivessem fechados, o que os obrigou a prolongar algumas etapas, como a do 7° dia que foi prolongada de 25 km. Mas também tiveram que enfrentar o facto de uma das autocaravanas se ter enterrado num parque de campismo e de terem de a tirar com um trator. Um deles teve problemas com a polícia espanhola e levou uma multa.

Por fim, tiveram que lidar com o tempo, que nem sempre foi bom, fizeram uma etapa debaixo de uma saraivada, com 0° e muita chuva. No meio disso tudo, só tiveram um único furo durante toda a viagem.

No final desta aventura, foram recebidos em Arcos de Valdevez, em Paredes de Coura e em Codeceda. A aventura acabou em Codeceda, onde tiveram “um acabamento em grande, onde uma pessoa fica emocionada”.

Foi uma aventura que “fizemos por pura-diversão” diz Dinis Amorim, mas que lhes permitiu descobrir novas paisagens e sobretudo ganhar confiança e ultrapassar os seus limites. No que diz respeito aos seus novos projetos, os amigos gostariam de “tentar fazer um por ano”, a próxima aventura, “ela já está programada, mas ainda é um segredo, deverá realizar-se no próximo ano entre o mês de abril e de maio”.

 

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