Vila Nova de Cerveira destruiu 135 ninhos de vespa asiática introduzida na Europa via Bordeaux

O serviço de Proteção Civil de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, através da equipa de sapadores florestais, destruiu entre janeiro e outubro 135 ninhos de vespa asiática, informou a Câmara local. Uma espécie que introduzida na Europa através do porto de Bordeaux, em França, em 2004.

Em comunicado, o município de Vila Nova de Cerveira adiantou que a destruição daqueles ninhos “resultou de uma candidatura apresentada pela Câmara ao fundo de apoio criado pelo Governo para combater esta espécie exótica, com financiamento do Fundo Florestal Permanente”.

Em fevereiro, o Governo criou um fundo de apoio para o combate à vespa asiática, através da destruição de ninhos, a ser usado pelas autarquias. Até ao momento, mais de 130 câmaras municipais já formalizaram e viram aprovadas as respetivas candidaturas.

No distrito de Viana do Castelo, a capital apresenta o maior número de casos de ninhos daquela espécie predadora, sendo que, de acordo com dados avançados à Lusa em setembro pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo, desde o início deste ano, aquela corporação destruiu 263 ninhos.

A espécie foi introduzida na Europa através do porto de Bordeaux, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

De acordo com o comandante dos bombeiros de Viana, António Cruz, desde 2012, foram destruídos 2.554 ninhos de vespa asiática, num esforço municipal de “muitas dezenas de milhares de euros”.

A vespa velutina é uma espécie asiática com uma área de distribuição natural pelas regiões tropicais e subtropicais do Norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, sendo a sua existência reportada desde 2011 no distrito de Viana do Castelo.

Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se não só na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas, mas também para a saúde pública, porque, embora não sendo mais agressivas do que a espécie europeia, reagem de modo mais agressivo se sentirem os ninhos ameaçados, podendo fazer perseguições até algumas centenas de metros.

A destruição ocorre sempre quando cai a noite, período em que as vespas fundadoras estão no interior das colmeias.

 

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