LusoJornal | António Marrucho

Alunos da Escola da Segunda Chance de Matosinhos estagiaram no Bassin Minier du Nord

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Entre os dias 21 e 26 de fevereiro, jovens da Escola da Segunda Chance (E2C) de Matosinhos estagiaram no Bassin Minier du Nord vivendo momentos de partilha e de intercâmbio com a E2C de l’Arbois.

A Escola da Segunda Chance é um conceito inovador na Europa, iniciado por Edith Cresson em 1995. Este dispositivo visa combater o risco de exclusão de jovens de 16 a 25 anos que saíram do sistema escolar sem diploma e muitas vezes se vêem confrontados, mês após mês, com a dificuldade de encontrarem trabalho por falta de qualificação.

Existem atualmente 139 escolas em França, 15.000 alunos frequentam estas escolas por ano. Até ao momento, 129.000 jovens passaram pelos E2Cs de França.

A Escola de Segunda Chance de Matosinhos (E2OM) foi criada em 2008 por iniciativa da autarquia desta cidade. 806 alunos passaram pela E2CM, 746 ingressaram num curso de certificação, 62% saíram com certificado, 63% são jovens do sexo masculino e 37% do sexo feminino. Outras 8 escolas deste mesmo tipo existem em Portugal.

Na sequência do vídeo Young People’s Voices Matters, produzido com a E2C de Matosinhos, a Escola Artois Second Chance quis dar continuidade à colaboração, sendo dois os desafios a desenvolver: a mobilidade europeia e a vontade de sensibilizar para a redução de resíduos.

Fazem parte dos objetivos da E2C em Artois os 17 formulados em 2015 pelos 193 membros das Nações Unidas: acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir a paz e a prosperidade para a humanidade até 2030.

Por iniciativa do professor Thomas Coquel, o intercâmbio cultural entre a E2C d’Artois e a E2C de Matosinhos pode assim acontecer: 5 jovens da E2C Matosinhos viveram uma semana de imersão em Artois.

Durante a semana em França dos jovens de Matosinhos, o LusoJornal teve oportunidade de os acompanhar, conjuntamente com os seus professores e 30 alunos da E2C d’Artois.

Manuella Cavaco, Conselheira municipal, descreveu a forma como a sua cidade de Loos-en-Ghoelle tenta valorizar o património, lutando para um mundo melhor em defesa da natureza, redução dos resíduos, todas as ações em ligação com a população. Um esforço foi pedido aos jovens para subirem os «terrils» 11 e 18, os mais altos da Europa, testemunhas de um passado rico de exploração do carvão e de lutas operárias.

A seguir ao almoço, alguns exercícios de ginástica, de sophrologie colocaram os estagiários em situação de recebem a explicação e depois de eles mesmos fabricaram «Tawashi»’s, uma forma de sensibilizar os jovens aos produtos que utilizamos, que por vezes são nefastos, os quais podem ser substituídos por desperdícios que podemos evitar. Neste caso, o fabrico de esfraganços de louça com meias sem par.

Do programa da visita de intercâmbio teve lugar também a confecção de especialidades culinárias portuguesas.

Os estagiários – Erica, Ana, Mariana, Ivo e Renato – vieram acompanhados pela professora de educação física, Catarina Figueiredo e pela técnica Diana Dias.

Este intercâmbio prosseguirá com um estágio em Matosinhos com alunos da E2C d’Artois, sendo o tema a tratar em Portugal a criação de um trabalho artístico sobre a redução de resíduos.

 

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