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Andebol: Portugal obrigado a vencer hoje a França em Montpellier para se apurar para Jogos Olímpicos

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A Seleção portuguesa de andebol está hoje obrigada a vencer a anfitriã França, em Montpellier, no fecho do segundo torneio pré-olímpico, pelas 20h00, para marcar presença inédita em Tóquio2020.

Os jogadores lusos, a competir sob o lema “Por Portugal, por ti”, numa referência ao guarda-redes Alfredo Quintana, que morreu em 26 de fevereiro na sequência de uma paragem cardiorrespiratória durante um treino do FC Porto, vão ter que fazer o jogo das suas vidas para derrotar os vice-campeões olímpicos.

A derrota no sábado pela margem mínima com a Croácia (25-24), depois de Portugal ter liderado o marcador durante praticamente todo o jogo, em que chegou a ter uma vantagem de seis golos, impediu que os ‘heróis do mar’ pudessem ter festejado o apuramento.

A Seleção portuguesa, que não irá poder contar com o central Miguel Martins, por lesão, tem na derradeira jornada do torneio pré-olímpico uma última oportunidade para validar a presença em Tóquio2020, ao alcance de um triunfo frente à França.

A França é uma das melhores seleções do mundo e conta no seu palmarés com dois títulos olímpicos, em Pequim2008 e Londres2012, para além da prata no Rio2016 e o bronze em Barcelona1992. Foi ainda seis vezes campeã do Mundo e três da Europa.

 

 

Portugal perdeu ontem com a Croácia nos minutos finais

A Seleção portuguesa perdeu por 24-25 com a Croácia, numa partida em que teve como principais obstáculos o letal Ivan Cupic, com nove golos em nove remates, e a passividade disciplinar da dupla de árbitros sueca Mirka Kurtagic e Mattias Wetterwik, Portugal viu o triunfo escapar nos segundos finais.

O início do encontro foi algo incaracterístico, com ambas as Seleções a respeitarem-se mutuamente e a não arriscarem num jogo que ambas queriam vencer, pelo que o marcador só funcionou no quarto minuto pelo croata Marino Maric, logo secundado por Fábio Magalhães.

Portugal passou para a frente aos 2-1, condição que manteve praticamente até ao final do jogo, aumentou a vantagem para três golos aos 6-3 e, depois de sofrer dois golos seguidos, chegou aos 7-5 com sete marcadores diferentes.

Face à reação croata, que encurtou para a diferença mínima (9-8), o guarda-redes Manuel Gaspar rendeu Gustavo Capdeville na baliza lusa e foi o grande responsável da reposição da vantagem em três golos com que o jogo atingiu o intervalo (12-9).

O inspirado guarda-redes Manuel Gaspar, com a braçadeira em homenagem a Alfredo Quintana no braço, manteve a postura nos minutos iniciais da segunda parte, tendo Portugal disparado para uma vantagem de seis golos, aos 16-10, com um parcial de 4-1 em pouco mais de quatro minutos.

Os vice-campeões europeus reagiram e retificaram as peças no terreno, chamando Luka Sebetic, que não jogou com a França, a missões defensivas específicas, cortando as linhas de passe lusas, situação compensada com quatro golos seguidos (16-14).

A Croácia diminuiu o fosso no marcador e chegou à diferença mínima aos 17-16, sem que Portugal conseguisse impor o seu jogo ofensivo, e, mantendo a eficácia na concretização, conseguiu empatar a 21-21, com cerca de sete minutos para jogar.

Na jogada seguinte, os protagonistas foram os árbitros suecos Mirka Kurtagic e Mattias Wetterwik, que perdoaram uma agressão ao central Rui Silva, que teve que ser assistido em campo e, por isso mesmo, foi obrigado a ficar no banco durante três ataques de Portugal.

A Croácia passou para a frente do marcador aos 24-23, depois de Portugal ter liderado desde os 2-1, e, após novo empate por Diogo Branquinho (24-24), sentenciou o triunfo por Luka Cindric (25-24), com um golo a segundos do apito final.

Portugal continua a depender apenas de si para marcar presença em Tóquio2020, mas fica obrigado a vencer no domingo a seleção anfitriã, a França, tida, à partida, como a principal candidata.

 

Croácia 25-24 Portugal

Ao intervalo: 9-12

Jogo no Sud de France Arena, Montpellier

Arbitragem da dupla Mirka Kurtagic e Mattias Wetterwik, da Suécia

Croácia (25): Ivan Pesic (gr), Ivan Cupic (9), Zeljko Musa (1), Ivan Martinovic (2), David Mandic (4), Igor Karacic e Domagoj Duvnjak (2). Jogaram ainda Marino Maric (2), Luka Cindric (4), Manuel Strlek (1), Marko Mamic, Luka Sebetic, Zlato Horvat e Marin Sego (gr). Treinador: Hrvoje Horvat

Portugal (24): Gustavo Capdeville (gr), Pedro Portela (2), Fábio Magalhães (2), Rui Silva (2), Victor Iturriza (5), André Gomes (3) e Leonel Fernandes. Jogaram ainda Luís Frade (2), Miguel Martins (3), Daymaro Salina (1), António Areia (3), Diogo Branquinho (1), Alexandre Cavalcanti, Belone Moreira, Tiago Rocha e Manuel Gaspar (gr). Treinador: Paulo Pereira

 

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