Lusa | Miguel A. Lopes

André Ventura comenta facto de José Dias Fernandes ter sido imigrante ilegal em França


O Presidente do Chega recusou que ter um Deputado que foi imigrante ilegal em França seja uma contradição face às posições do partido.

André Ventura foi comfrontado com as duas entrevistas que José Dias Fernandes deu ao LusoJornal que dão conta que o novo Deputado pelo Chega pelo círculo da Europa foi imigrante ilegal em França e chegou a ser expulso daquele país, o líder do Chega recusou que seja uma contradição face à posição anti-imigração do partido.

André Ventura salientou que o deputado eleito “foi emigrante em França nos anos 70, Portugal tinha uma guerra colonial a decorrer, havia um conjunto de fatores políticos na Europa que não têm nada que ver com o que são hoje”.

“O José Dias respeitou os costumes do país para onde foi” e “deu emprego a centenas, talvez milhares de pessoas”, afirmou, considerando que é “um modelo”.

O Presidente do Chega sustentou também que Portugal deve acolher quem estiver a fugir à guerra.

Sobre as declarações do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e do deputado socialista José Cesário, que apontaram a existência de uma “campanha de desinformação do bolsonarismo” que terá afetado a eleição portuguesa, André Ventura começou por se rir. “Só significa que há mais tontos do que eu pensava no país, com todo o respeito”, disse, defendendo que os “emigrantes são quem mais tem sentido a desilusão de o país os ter abandonado”.

André Ventura sugeriu também que “Santos Silva tomou alguma coisa antes de ir para a entrevista” que deu à SIC Notícias na quarta-feira. “Dizer que a vitória do Chega na emigração foi por interferência bolsonarista é o mesmo que dizer que a vitória do Santos Silva há dois anos no ciclo da emigração foi por mão do Nicolás Maduro e do Lula da Silva. É um disparate”, defendeu, considerando que os dois deviam pedir desculpa aos portugueses.