Lusa | Manuel de Almeida

António Costa acredita que a França “não vai querer estar isolada” no apoio ao novo gasoduto

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O Primeiro Ministro português, António Costa, que esteve ontem reunido com o chanceler Olaf Scholz e o homólogo espanhol, Pedro Sánchez, assumiu que a França “não vai seguramente querer estar isolada” na posição comum de apoio ao novo gasoduto ibérico.

“Temos trabalhado os três (Portugal, Espanha e Alemanha) para que a França se possa mostrar de novo aberta a esta solução (…) À volta do Conselho não vai seguramente querer estar isolada nesta posição que é comum”, apontou António Costa aos jornalistas, assumindo que o executivo de Paris nem sempre esteve contra este projeto.

O Primeiro Ministro português acrescentou que existem agora dois “novos argumentos” que devem convencer o Presidente francês, Emmanuel Macron, a apoiar o projeto “Midcat”, um gasoduto que ligue a Península Ibérica ao resto da Europa através dos Pirenéus.

“A infraestrutura que pode servir para o gás, pode servir também para o hidrogénio verde (…) e, até agora, parte importante da Europa, por exemplo aqui a Alemanha, era abastecida através da Rússia”, realçando a necessidade de serem encontradas soluções alternativas de energia, não estando “tão dependentes de um só fornecedor”.

Aos jornalistas no final da reunião na Chancelaria Federal, Costa assumiu que França seria a “solução natural” de passagem do gasoduto, não descartando “outras soluções mais difíceis e mais caras”.

“A península ibérica tem, não só a capacidade de produzir energia renovável, e em particular o hidrogénio verde no futuro. Mas também pela sua posição geográfica ser um ponto de descarga de gás natural proveniente dos Estados Unidos, da costa africana, Trinidad e Tobago”, recordou.

A reunião entre António Costa, Sánchez e Scholz acontece uma semana antes dos Chefes de Estado e de governo da União Europeia terem encontro marcado em Bruxelas, a 20 e 21 de outubro, para a Cimeira do Conselho Europeu, onde deverão ser decididas medidas para a intervenção no mercado energético.

“Foi uma reunião de preparação do próximo Conselho Europeu onde espero que possamos avançar em tomar decisões concretas sobre aquilo que é mais urgente, que é podermos ter medidas que estabilizem duradouramente os mercados de energia. Precisamos de dar, quer as famílias, quer as empresas, expectativas daquilo que vai acontecer no próximo ano”, sustentou em declarações aos jornalistas.

 

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