Assembleia Legislativa da Madeira rejeitou saudação por escolha de Paulo Cafôfo para Secretário de Estado das Comunidades

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A maioria PSD/CDS-PP na Assembleia Legislativa da Madeira chumbou ontem um voto de congratulação pela escolha do antigo líder da estrutura regional do PS Paulo Cafôfo para Secretário de Estado das Comunidades.

O voto, apresentado pelo grupo parlamentar do PS, o maior partido da oposição no Parlamento regional, ocupando 19 dos 47 lugares no hemiciclo, contou com os votos favoráveis dos restantes partidos da oposição: JPP e PCP.

O Deputado do PS e atual Presidente dos socialistas madeirenses, Sérgio Gonçalves, considerou que a nomeação de Paulo Cafôfo para o cargo no Governo da República, liderado pelo socialista António Costa, é “uma excelente notícia para as Comunidades, especialmente a madeirense”.

O Deputado do JPP Élvio Sousa criticou a “incoerência” da maioria parlamentar insular, afirmando que “a presença de madeirenses no Governo tem o papel fundamental de esbater o estigma do centralismo”.

Pelo PCP, o Deputado único, Ricardo Lume, afirmou que este tipo de saudações nem devia existir, argumentando que deveria ser “normal o Governo ter membros que representassem todas as regiões do país”. Para o parlamentar comunista, importa “saber se a indigitação de um madeirense vai abrir portas para resolver os problemas da Madeira”, como o subsídio de mobilidade e a falta de ligação marítima por ‘ferry’, e se a presença do Presidente do conselho regional do PS no Governo da República significa “canal aberto” para haver respostas a estas situações.

“Hoje saudamos Paulo Cafôfo porque já é Secretário de Estado, dando o benefício da dúvida”, visto que vai ser responsável por uma área que não domina, declarou o deputado do CDS-PP António Lopes da Fonseca.

O parlamentar centrista considerou que o PS “teve pouco cuidado ao apresentar este voto”, visto que incluiu um parágrafo a sustentar que a nomeação de Paulo Cafôfo é “prova provada de que o Primeiro-Ministro, ao contrário do que dizem as bancadas do PSD e CDS, dá atenção à Madeira”. No seu entender, esta argumentação constitui “uma provocação” às bancadas da maioria na Madeira.

Para o PSD, “este é um voto lamentável”, mencionando serem desconhecidas “as ideias de Paulo Cafôfo” em matéria de Comunidades, disse Carlos Fernandes.

“Os assuntos pendentes na República esperamos que sejam tratados ao mais alto nível” entre os Ministros e a Presidência do Governo Regional da Madeira, sublinhou Carlos Fernandes.

 

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