Associações unem-se em Goussainville para mostrar cultura cabo-verdiana em França

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A rentrée na cidade de Goussainville, perto de Paris, vai ser ritmada pelo batuque, funaná e coladeira de Cabo Verde, num esforço conjunto da autarquia e das associações cabo-verdianas para dar a conhecer mais sobre a cultura do país.

“Há muitos cabo-verdianos em Goussainville atualmente. Nos últimos cinco anos, a Comunidade tem vindo a crescer. Alguns vindos de Portugal, Espanha e também mesmo de Cabo Verde. Não estamos muito longe de Paris e isso ajuda a que seja um sítio chamativo”, disse Fernanda Semedo, Presidente da Associação Franco-Caboverdiana de Goussainville, em declarações à Lusa.

Com cerca de 30 mil habitantes, esta cidade nos arredores Paris, tal como muitas outras cidades em França, vai assinalar o regresso à escola e ao trabalho no dia 05 de setembro com uma reunião aberta ao público dedicada às associações locais e a associação de Fernanda Semedo foi convidada a apresentar-se.

Por sua vez, Fernanda Semedo convidou a recém-criada associação Dan Dau, ou reciprocidade em crioulo, que tem como principal objetivo dar a conhecer os talentos da Comunidade a todos os níveis. “Há muitas potencialidades na nossa Comunidade, mas essas potencialidades estão bloqueadas. Temos tantos profissionais e pessoas com valor em várias áreas e, às vezes, vamos tão longe para encontrar alguém que podíamos ter encontrado aqui”, indicou Claudino Moreira, Presidente e Diretor artístico da Dan Dau.

Criada há cerca de cinco meses, esta associação nascida em plena pandemia, quer incentivar os jovens da Comunidade cabo-verdiana, e outros que se queiram juntar, a praticar o desporto e a música. “Consideramos que estas são ferramentas fundamentais para combater a violência na sociedade. Queremos mostrar a Goussainville que temos o dever cívico e moral de contribuir para que a cidade seja melhor, mais atrativa e acolhedora”, indicou.

Para a manhã deste domingo, Claudino Moreira, que costuma cantar com o grupo de batuque, preparou uma apresentação cuidada. “Vamos trazer o ritmo do batuque, funaná e coladeira. Temos um grupo de batuque que vai abrir o espetáculo e vai acompanhar as danças”, explicou.

Fernanda Semedo, que é também Presidente da Federação das Associações Cabo-Verdianas em França, mostra-se satisfeita com o apoio que a autarquia tem dado à Comunidade, com a Associação Franco-Caboverdiana de Goussainville a ter agora um local de atendimento ao público.

A Dan Dau está ainda a tratar da “papelada” para se oficializar completamente e espera depois também poder aceder a um espaço municipal de forma a continuar a promover manifestações culturais como o batuque e funaná entre os mais jovens, dentro e fora da comunidade cabo-verdiana.

 

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