Cátia Pereira evoca Sebastião Martins Mestre: militar distinguiu-se contra as forças de Junot

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A estudante de mestrado em História e Patrimónios pela Universidade do Algarve Cátia Pereira irá dar uma palestra sobre Sebastião Martins Mestre, um militar que esteve presente em dois acontecimentos marcantes para a sociedade portuguesa do século XIX: as Invasões Francesas e as Guerras Liberais.

O evento vai ter lugar no quadro das Jornadas de História do Baixo Guadiana, esta sexta-feira, no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, em Vila Real de Santo António (Faro).

Sebastião Martins Mestre distinguiu-se com sucesso na reação à presença do exército da 1ª Invasão Francesa no Algarve. Mas a nível político, foi o primeiro Presidente eleito da Câmara Municipal de Tavira e foi nomeado Governador de Vila Real de Santo António.

Quando soube da Invasão de Portugal pelas tropas de Junot, em fins de novembro de 1807, Sebastião Martins Mestre apoderou-se do Forte de São João da Barra, a 13 de junho de 1808, que defendia a entrada no porto de Tavira, na altura sede do Governo Militar do Reino do Algarve. A partir daí, vai-se manter em contacto com a Marinha real britânica em suporte de uma eventual insurgência contra o invasor francês.

Ao saber que a Marinha real britânica não lhe vai dar o apoio prometido, Sebastião Martins Mestre vai obter 130 espingardas em Ayamonte, regressa a Olhão acompanhado de populares e encontra embarcações tripuladas por soldados franceses à entrada da barra de Olhão em trânsito de Tavira para Faro. Sob o seu comando é lançado o ataque tomando posse das embarcações dos franceses, fazendo 81 prisioneiros. Depois de desembarcar em Olhão, Martins Mestre vai deslocar-se para a Ponte de Quelfes de forma a cortar caminho a outro grupo de 185 franceses que se dirigiam por terra para Faro e consegue enfrentá-los vitoriosamente.

Seguidamente junta-se ao Coronel Lopes de Sousa e o exército francês parte em fuga para se juntar ao grosso do exército de Junot no Alentejo.

Em Palmela é assinada a Convenção de Sintra, em que Junot concorda em se retirar de Portugal perante a vitória da intervenção inglesa chefiada por Arthur Wellesley na Batalha de Vimeiro.

Depois da guerra civil entre Miguelistas e Liberais, foi preso e posteriormente assassinado enquanto era enviado para Lisboa para ser julgado.

 

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