Comissão Política do PSD de Paris prepara eleição interna do Partido

Uma reunião alargada da Comissão Política do PSD de Paris teve lugar este fim de semana para preparar as eleições internas do Partido.

As eleições internas para escolher o Presidente do Partido vão ter lugar em janeiro, «mas até dezembro, as Secções têm de preparar o processo» explicou ao LusoJornal o Deputado Carlos Gonçalves.

Por enquanto ainda não se sabe qual dos dois Candidatos a Secção vai apoiar. Pedro Santana Lopes é bastante apreciado porque quando foi Primeiro Ministro nomeou Carlos Gonçalves para Secretário de Estado das Comunidades, mas Rui Rio também é apreciado porque esteve na origem de alterações internas no Partido que correspondem à «emancipação das Secções no estrangeiro». Sem essas alterações, o próprio Carlos Gonçalves não teria chegado a Deputado.

«É verdade que temos dois candidatos que em momentos diferentes da vida do Partido, mostraram sensibilidade para as questões relacionadas com as Comunidades» confirma Carlos Gonçalves ao LusoJornal.

Por enquanto Carlos Gonçalves diz que quer ouvir as bases, antes de tomar uma decisão. «Os nossos militantes querem ouvir primeiro o que cada um dos dois candidatos tem a dizer e só depois tomaremos posição por um ou por outro» garante Carlos Gonçalves.

Mas as reuniões do Partido servem sempre para analizar a situação política nacional.

Os incêndios em Portugal e a atualidade política que deles resulta foi um dos temas de debate interno na Secção do PSD de Paris. «Os nossos militantes mostraram sobretudo preocupação em saber onde está a ser utilizado o dinheiro recolhido nas Comunidades» diz Carlos Gonçalves, acrescentando que «também estão preocupados com a imagem que o país dá ao estrangeiro».

Também as eleições autárquicas foram motivo de discussão interna no PSD. Três dirigentes do Partido no estrangeiro foram eleitos para Assembleias Municipais, em Portugal, sem lá viverem e sem poderem votar: Carlos Gonçalves de França, Artur Amorim da Alemanha e Custódio Portásio do Luxemburgo.

«Foi uma atitude estratégica. Nós podemos ser eleitos, sem podermos votar» explica Carlos Gonçalves que está recenseado em Paris. «Mas isto deu-nos visibilidade no plano interno e a estratégia foi conseguida. Abrem-se agora discussões a outro nível».

Sobretudo que o Partido vai organizar um Congresso e provavelmente as Secções da emigração vão voltar a apresentar uma Moção pedindo o voto dos emigrantes nas eleições autárquicas em Portugal.