LusoJornal | Carlos Pereira

Comité Aristides de Sousa Mendes inaugurou exposição sobre Cônsul na Casa de Portugal em Paris

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A exposição “1940, o exílio para a vida” foi inaugurada ontem na Casa de Portugal, em Paris, com uma visita guiada e com a projeção do filme “L’heritage d’Aristides”, assinalando assim a memória do Cônsul na Temporada Cruzada entre França e Portugal.

“É importante na ocasião em que se comemora a Temporada Cruzada entre França e Portugal dar a conhecer esta grande figura, que é uma figura portuguesa, francesa e universal, porque agiu como diplomata em França, está no Panteão francês e no Panteão português”, disse Manuel Dias, vice-Presidente do Comité Aristides de Sousa Mendes em declarações à Lusa.

A exposição “1940, o exílio para a vida” está patente na Casa de Portugal, na Cidade Universitária Internacional de Paris, até 29 de maio, e tem entrada livre.

Ontem à tarde, algumas dezenas de pessoas juntaram-se na Casa de Portugal para uma visita guiada e para uma projeção do documentário “L’heritage d’Aristides”, realizado por Patrick Séraudie.

Em vários painéis, esta exposição conta a vida e ação de Aristides de Sousa Mendes no mês de junho de 1940, entre Bordeaux, onde era Cônsul, Bayonne e Hendaye, onde atribuiu mais de 30 mil vistos a pessoas que fugiam do regime nazi.

Mais do que uma figura portuguesa ou francesa, para Manuel Dias a ação do diplomata português simboliza os valores europeus. “Ele simboliza, em 1940, um ano trágico, os laços e os valores fundamentais da Europa. Eu acho que Aristides encarna, por aquilo que ele fez e pelo que ele cumpriu, os valores da Europa que se construíram depois”, explicou.

Manuel Dias lembrou ainda a importância de Portugal para os cerca de 500 mil refugiados que chegaram ao país durante a II Guerra Mundial, e como Portugal teve um papel importante na história da Resistência Francesa, com muitas das suas principais figuras a passarem por terras lusas.

“A maior parte das figuras da Resistência francesa circularam por Portugal. Portugal acolheu 500 mil refugiados e, entre eles, grandes figuras da Resistência Francesa, entre os quais Jean Moulin. Portugal serviu de ligação com África do Norte, sobretudo Marrocos, e Londres”, sublinhou.

Durante a Temporada Cruzada, que vai prolongar-se até outubro, deverá haver um novo momento de homenagem a Aristides de Sousa Mendes, já que deverá ser inaugurada a praça de homenagem ao diplomata em Paris, não havendo ainda data para esta inauguração.

 

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