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Conselho da Diáspora Portuguesa está reunido em Cascais para lançar núcleos regionais



O Conselho da Diáspora Portuguesa, que junta os portugueses espalhados por mais de 35 países, está reunido desde ontem, durante dois dias, no Palácio Cidadela, em Cascais, com cerca de 100 Conselheiros. Ontem teve lugar uma reunião “interna”, para fazer a análise das atividades deste ano e dos projetos para o próximo ano, como explicou o Presidente da Direção, António Calçada de Sá.

Esta quinta-feira, terá lugar a reunião “mais institucional”, com a presença do antigo Primeiro-Ministro e ex-Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, do Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e, como é habitual, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, devendo juntar 200 pessoas.

As prioridades para 2024 do Conselho da Diáspora Portuguesa, que incluem o lançamento dos núcleos regionais da diáspora, que consiste numa “rede de redes que procura representar Portugal e estimular as pessoas para se envolverem em projetos que têm a ver com Portugal, ou atrair investimento, ou ajudar na expansão internacional das empresas, ou em projetos ligados à educação, ciência ou artes”, acrescentou António Calçada de Sá.

Hoje também será debatido o projeto da diáspora jovem, que pretende identificar “cerca de meia centena de portugueses com muito talento e que poderão ou repatriar esse talento, se pretenderem regressar a Portugal, ou contribuir para novos projetos lá fora, ou também serem motores da dinamização de Portugal”, acrescentou o responsável, que é também um dos fundadores do Conselho da Diáspora e membro desde 2012.

Em preparação está também o lançamento de um Fórum Euroaméricas, à semelhança do Fórum Euráfrica, que reúne anualmente decisores políticos e empresariais para estimular as relações entre os dois continentes.

São membros do Conselho da Diáspora Portuguesa em França: Ana Paixão (Responsável pelo Desenvolvimento e Estratégia da Cidade Internacional Universitária de Paris), Carlos Gomes (CEO do GrupoBymyCAR Group), Carma Martins Fernandes (Professora de Português do Camões, ICS/ Ministério dos Negócios Estrangeiros em Paris), Christophe Fonseca (Autor, Diretor e Produtor), Francisco Veloso (Dean da INSEAD), Inês Caldeira (Diretora-Geral Adjunta Mundial da L’Oréal), João Miguel Leandro (CEO, Mobilize Financial Services, Grupo Renault), Júlio de Almeida (CEO VINCI Energies), Júlio de Sousa (Presidente do Grupo Mecachrome), Luis Marini-Portugal (Consultor Sénior da Citizen Capital), Luís Pais (Diretor Geral da SPIE) e Véronique Ferreira-Perrin (DRH, Consultora de RH & Coach, GroupeSEB).

Questionado sobre o fundo de crescimento da diáspora, anunciado na reunião do ano passado com um montante de 50 milhões de euros em parceria com a Portugal Ventures, o Presidente António Calçada de Sá assumiu que a iniciativa não correu como esperava. “O fundo lá está, mas foi mais lento do que prevíamos, pensávamos que fosse ter mais impacto, mas a verdade é que o apetite dos investidores não esteve ao nível do que esperávamos”, afirmou.