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Dança: Peça de Fábio Lopez (Bayonne) estreia na sexta-feira na Companhia Nacional de Bailado

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A peça “Avant Qu’il N’y Ait Le Silence”, do coreógrafo português Fábio Lopez, residente em Bayonne, em França, vai estrear na Companhia Nacional de Bailado, em Lisboa, esta sexta-feira, num espetáculo que junta, para além de “Avant Qu’il N’y Ait Le Silence”, “Grosse Fuge”, da coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker, e “Cacti”, do coreógrafo sueco Alexander Ekman.

A estreia absoluta de “Avant Qu’il N’y Ait Le Silence” resulta de uma encomenda da Companhia Nacional de Bailado (CNB) ao coreógrafo nascido em Lisboa, em 1986, que tem base em Bayonne, onde é diretor artístico da Compagnie Illicite.

Em “Avant Qu’il N’y Ait Le Silence”, Fábio Lopez baseia-se num tipo de linguagem que “leva o corpo ao extremo”, segundo o coreógrafo, citado pela CNB, acrescentando que decorre num “ambiente austero”, no qual o criador propõe uma reflexão sobre a humanidade e as relações humanas nesta primeira peça criada por Lopez para a CNB.

“A simplicidade de um gesto oferece-se como um furacão de tentações. Abraços que se entrelaçam e se deleitam. O abandono, cegamente, através de um ‘memento mori’ face ao mundo que, no eixo do tempo, continua ritmado por ciclos. O abismo da alma, uma vida vivida que permanece diante de nossos olhos. O silêncio, como uma arma que te apunhala, como uma paragem, tão profunda como a morte” escreve Fábio Lopez na apresentação da peça.

O coreógrafo que foi recentemente agraciado pelo Ministério francês da cultura, cita Almada Negreiros em “A invenção do dia claro” (1921): “Quando eu nasci, as frases que hão de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa – salvar a humanidade”.

O coreógrafo dedica a sua peça a Marc de Graef (1954-2014), bailarino e antigo pedagogo da Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional.

Esta quinta-feira realiza-se um ensaio geral solidário, que reverterá a favor das associações Just a Change, Apoio à Vida e à Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, e no sábado, à tarde, está marcada uma conversa pré-espetáculo em torno do programa, também de entrada livre, com moderação de Cristina Peres.

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