Cap Magellan

Dois Secretários de Estado na inauguração do stand da Cap Magellan no Salon de l’Étudiant

A Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e o Secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, estiveram em Paris para a inauguração do stand da associação Cap Magellan, no Salon de l’Etudiant. Este evento tem lugar anualmente no Parque de Exposições de Paris Porte de Versailles.

Também estiveram presentes o Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, o Conselheiro de Paris e cofundador da Cap Magellan, Hermano Sanches Ruivo e a Coordenadora do ensino português em França, Adelaide Cristóvão. O Instituto Politécnico de Bragança também marcou presença no stand durante os três dias.

“Portugal tem uma política bastante ativa de atração de estudantes estrangeiros para o nosso ensino superior” explicou Berta Nunes ao LusoJornal.

Portugal tem uma cota de 7% de vagas do ensino superior reservadas para os Lusodescendentes, o que corresponde a mais de 3.000 vagas mas no ano passado só foram preenchidos cerca de 400 lugares. “Quer dizer que ainda há muito trabalho de divulgação para fazer” diz Berta Nunes.

E é neste quadro que a associação Cap Magellan em curso um programa de promoção do ensino superior português aqui em França. Durante a semana passada esteve com uma ação em Bordeaux e em Lyon, antes desta operação no Salon de l’Etudiant.

“Em 2018, dos cerca de 3.500 lugares disponíveis, apenas 248 foram ocupados, isso motiva-nos para ir mais longe na divulgação dessa cota” garante ao LusoJornal Luciana Gouveia.

Em Bordeaux, a Cap Magellan teve um stand no Hall de entrada da universidade SchiencesPo Bordeaux e durante o dia acolheu grupos de estudantes do liceu. “Foram organizadas visitas de estudo, preparadas pelos professores do liceu, que vieram a SciencesPo Bordeaux ter connosco. Mais de 100 alunos de liceu visitaram-nos, o que é bom numa primeira iniciativa, apesar de haver também uma divulgação pelo Consulado Geral de Portugal em Bordeaux” diz Luciana Gouveia. “Em Lyon foi diferente porque era um dia em que os estudantes de liceu não tinham aulas, mas eles foram espontaneamente à Jornada Portas Abertas na Universidade de Lyon II”.

Depois desta presença no Salon de l’Etudiant, em Paris, “ao longo do ano vai haver mais 5 regiões contempladas com deslocações da Cap Magellan e há também o objetivo de estar presente no Salão “Partir étudier à l’étranger”, que acontece em novembro todos os anos, com 45 países e faz todo o sentido que Portugal esteja representado.

Alexandra da Rosa é estudante lusodescendente e foi fazer um Erasmus em Portugal. “O espírito universitário em Portugal é completamente diferente do espírito universitário em França. Aliás, em França praticamente não há espírito universitário e em Portugal temos a praxe, temos um ambiente universitário muito mais imersivo do que em França” conta ao LusoJornal. E acrescenta que “temos um ensino de qualidade, que é reconhecido internacionalmente e isso interessa a qualquer estudante que queira um futuro próspero”.

A Secretária de Estado das Comunidades também concorda que “temos um bom sistema de ensino, universidades públicas e privadas, politécnicos, é barato estudar em Portugal e também temos bolsas de estudo e uma série de outros apoios sociais no caso de estudantes portugueses carenciados. Os lusodescendentes têm direito a todos os apoios que têm os estudantes de Portugal, bolsas, residências, etc.” diz Berta Nunes ao LusoJornal.

Para este evento, a Cap Magellan teve apoio da Direção dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP) e teve “apoio na facilitação de contactos” por parte do Secretário de Estado do Ensino Superior. Por isso, Luciana Gouveia diz que “faz sentido os Secretários de Estado estarem connosco”,

Berta Nunes confirma também que Portugal acolhe também cada vez mais estudantes estrangeiros. “Os Franceses ainda não são o grupo mais importante, mas temos de muitos países, desde a China ao Brasil, de mais de 50 países, essencialmente África, Ásia e América”.

A presença destes estudantes estrangeiros em Portugal “é importante, até em consequência da demografia em Portugal porque nós temos uma sociedade envelhecida, com uma diminuição dos nascimentos. O nosso ensino superior está preparado para receber mais alunos. Temos um sistema bem organizado e com capacidade para receber lusodescendentes e alunos estrangeiros”.

Berta Nunes considera que o Secretário de Estado do Ensino Superior “está bem sensibilizado para esta situação”.

João Sobrinho Teixeira foi Presidente do Politécnico de Bragança, “que é o Politécnico que tem mais nacionalidades e mais alunos estrangeiros” diz Berta Nunes. “Eles têm já uma tradição de fazer uma procura ativa de alunos no estrangeiro e por isso, quando ele chegou à Secretaria de Estado, houve alteração da legislação e uma outra política mais direcionada para os lusodescendentes”.

 

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