Eleições no PS: Ninguém votou em Lyon



A Secção do Partido Socialista português de Lyon não participou na eleição do novo Secretário-Geral do Partido, este fim de semana, por ausência de votantes.

O Secretário-Coordenador, Jorge Campos, esteve durante três horas à espera de eleitores, em Feyzin, no mesmo sítio onde habitualmente se realizam as eleições internas do PS, mas “não pareceu ninguém para votar” explicou ao LusoJornal.

A Secção do PS de Lyon tem cerca de 70 militantes inscritos, “embora muito poucos tenham as cotas em dia”, segundo o Secretário-Coordenador. Mas, mesmo assim, nem o “núcleo duro” do Partido compareceu para estas eleições.

Jorge Campos, que recentemente também foi eleito Conselheiro das Comunidades Portuguesas (CCP), mostrou-se “desanimado” pela falta de mobilização dos militantes. “Já informei a sede do Partido, em Lisboa e o Deputado Paulo Pisco. Já os coloquei ao corrente da situação em Lyon e do facto de não ter havido eleições” explica.

Sem eleição para o líder do Partido, também não foram eleitos Delegados desta Secção para o 24° Congresso, pelo que nenhum militante de Lyon estará representado neste momento importante para a vida do Partido Socialista.

Jorge Campos sucedeu a José Rocha à frente da Secção de Lyon, mas logo depois enfrentou a situação de Covid. Agora, está a tentar redinamizar o núcleo socialista no Rhône-Alpes, mas visivelmente ainda não conseguiu regressar a uma situação de normalidade.

Pedro Nuno Santos foi eleito Secretário-Geral do Partido Socialista e candidato a Primeiro-Ministro, deixando para trás José Luís Carneiro, antigo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e atual Ministro da Administração Interna e Daniel Adrião.

Jorge Campos apoiou José Luís Carneiro, por considerar “ser um homem mais bem preparado para ser Primeiro-Ministro”.