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Embaixador José Augusto Duarte comovido nas cerimónias da Batalha de La Lys

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O Embaixador de Portugal em França, José Augusto Duarte, foi pela primeira vez, este fim de semana, ao Norte da França para participar nas cerimónias evocativas da Batalha de La Lys.

“É muito emocionante para quem representa o Estado – para qualquer cidadão português também, mas ainda mais para quem reoresenta o Estado – sintir o peso da responsabilidades de vir homenagear milhares de jovens portugueses, na flor da idade, que morreram durante a I Guerra mundial” disse ao LusoJornal depois da cerimónia no Cemitério Militar Português de Richebourg, e junto ao Monumento ao soldado português em La Couture. “Emocionante porque morreram tão longe de Portugal para defenderem os valores da República e aquilo que nós defendíamos na altura. E isso é sempre muito comovente, imaginar pessoas que estão longe da Pátria em situações de tão grande sofrimento porque não tinham sido substituídos há muito tempo, porque as condições atmosféricas eram bastante agrestes…”.

O Embaixador português acompanhou o Secretário de Estado da Defesa Marco Capitão Ferreira e também participaram nas cerimónias os dois Deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Europa no Parlamento português, Paulo Pisco e Nathalie de Oliveira.

José Augusto Duarte falou de “comoção” e de “imenso respeito” por quem ficou sepultado em França. “Eu valorizo muito a vida humana, também sou pai e imagino o que terá sido o sofrimento desses jovens e também o sofrimento das respetivas famílias. Para mim, este é um ato de uma grande comoção e de uma grande responsabilidade por parte da Pátria, de Portugal e da sociedade portuguesa em geral que fica com uma dívida permanente para com estas pessoas, que lhes deve estas homenagens. Homenagear também é recordar e pensar que isto não deve voltar a acontecer”.

No Cemitério militar português de Richebourg estão sepultados 1.831 soldados do Corpo Expedicionário Português, e o Embaixador de Portugal seguiu depois para Boulogne-sur-Mer, onde também estão sepultados mais 44 soldados portugueses, no Talhão português no Cemitério do Este.

“Nós não valorizamos apenas as vitórias. Aqui foi uma derrota, com cerca de 7.000 baixas. Eu acho que nós não devemos apenas valorizar o heroísmo e o heroísmo não é apenas aqueles que vencem, mas é também os que perderam a vida e esses merecem também tanto respeito como quaisquer outros”.

Mas o Embaixador de Portugal considera que a divulgação e a homenagem são “tarefas nunca concluídas”.

“Devíamos homenagear em permanência, porque nunca é um trabalho concluído, cada geração precisa de aprender e tirar as dilações para um futuro melhor e para evitar que estas situações voltem a acontecer”.

Finalmente, em declarações ao LusoJornal, José Augusto Duarte, chamou também a atenção para a “imensa responsabilidade” de representar a Comunidade portuguesa de França. “Eu represento aqui o meu país, mas represento também a minha Comunidade e a minha Comunidade são mais de 1.200.000 pessoas portadoras de passaporte e a residir em França” explicou. “Eu sinto sobre os meus ombros uma forte responsabilidade de lutar pela valorização dos Portugueses em França, apesar de eles terem já uma Comunidade extremamente prestigiada e que puxa Portugal para cima. O trabalho e a qualidade do trabalho dos Portugueses, a forma como se comportam, como respeitam a Lei em França, fazem com que a nossa Comunidade seja extremamente respeitada e isso também beneficia Portugal. Eu costumo dizer que a relação de Portugal com a França é muito boa, graças, em parte, também à qualidade do trabalho da Comunidade portuguesa e ao prestígio que ela nos traz”.

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