Emigrantes cabo-verdianos em França enviaram mais de 55 milhões de euros de remessas em 2022

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Os emigrantes cabo-verdianos enviaram para o arquipélago um recorde de mais de 272 milhões de euros de remessas em 2022, um aumento de quase 15% face a 2021, conforme dados compilados ontem pela Lusa.

De acordo com dados do mais recente relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), essas remessas subiram de 26.122 milhões de escudos (236,2 milhões de euros) no ano de 2021 para mais de 29.984 milhões de escudos (272,2 milhões de euros) em 2022.

Trata-se de uma média diária equivalente a 743 mil euros em remessas que chegaram a Cabo Verde, quando em 2021 rondou os 647 mil euros, um aumento de 14,8% no espaço de um ano.

Tal como acontece desde 2020, os emigrantes cabo-verdianos nos Estados Unidos da América (EUA) lideraram no envio de remessas para o arquipélago, com 10.136 milhões de escudos (91,6 milhões de euros) em 2022, seguidos dos que trabalham em Portugal, com quase 8.066 milhões de escudos (72,9 milhões de euros), e em França, com 6.095 milhões de escudos (55,1 milhões de euros).

A população de Cabo Verde ronda os 500 mil habitantes, mas o Governo estimou recentemente que mais de um milhão e meio de cabo-verdianos vivem na Europa e Estados Unidos da América (EUA), estando o sistema financeiro do arquipélago dependente das remessas desses emigrantes.

As remessas enviadas pelos emigrantes cabo-verdianos para o arquipélago já tinham aumentado 30,6% em todo o ano de 2021, para o então recorde de 26.122 milhões de escudos (236 milhões de euros), segundo dados do banco central.

Em todo o ano de 2020, os emigrantes cabo-verdianos enviaram remessas no valor de mais de 20.002 milhões de escudos (180 milhões de euros), que foi então um novo recorde, aumentando praticamente 3,5% face ao ano anterior.

O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, reconheceu no final de 2020, no Parlamento, a importância para a economia nacional das remessas enviadas pelos emigrantes, que continuavam a crescer e representam já 11,3% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano. “As contribuições das remessas dos emigrantes têm sido importantes ao longo da história de Cabo Verde. São importantes para as famílias, para o financiamento da economia cabo-verdiana e também demonstra que a confiança tem aumentado, mesmo no período da pandemia”, afirmou.

O governante explicou que as remessas valiam 10,6% do PIB, em média, na legislatura de 2012 a 2015, mas que subiram para 11,3% no período de 2016 a 2019.

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