LusoJornal / Mário Cantarinha

Festa no Havre reuniu José Malhoa, Elena Correia, Virginie e Lusibanda

A associação Lusibanda organizou no sábado passado, uma Festa portuguesa na Salle des Fêtes de Graville, no Havre, com José Malhoa, Elena Correia e Virginie. O baile foi animado pelo grupo musical Lusibanda – que dá o nome à associação – fundado por Filipe e Manuela Pereira.

A sala estava cheia e Elena Correia explica ao LusoJornal que “fora da região parisiense, há menos saturação de espetáculos. E como há menos espetáculos, quando há um, há mais gente a aderir. Por isso as salas enchem mais facilmente”.

José Malhoa também considerou o espetáculo “formidável”. O cantor devia ter cantado durante uma hora, mas o concerto acabou por durar 1h40. “A reação do público foi boa. Quando apanhamos público assim, é difícil sair de frente deles. Este público merece, tem-me acompanhado ao longo dos anos todos. Há mais de 40 anos que este público me segue e eu dou tudo por eles” disse ao LusoJornal.

Com duas bailarinas em palco, Elena Correia também agradou ao público. “Senti-me bem no palco, cada passo que vou dando na minha carreira, as pessoas aderem, conhecem as minhas canções, cantam comigo, fico muito contente de os ver cantar, dançar, divertirem-se nas festas” diz ao LusoJornal. “As pessoas cantarem é o fruto do nosso trabalho, conhecem as nossas músicas… É a melhor prenda que eles me podem dar”.

Lusibanda é um grupo musical familiar. Manuela Pereira explica que “a minha mãezinha já cantava fado, eu também sempre gostei de cantar e transmiti esse vírus às minhas filhas. O Filipe é um bom teclista, aliás foi Campeão da Normandia de teclado” disse ao LusoJornal. “Quando abriu aqui a primeira associação portuguesa no Havre, eles queriam fazer bailes, mas não tinham posses. Ora, nós costumávamos tocar lá em casa, cantávamos juntos, em família. Vieram falar connosco. E dissemos: porque não? Eu gosto de estar no palco, gosto da música, tenho um coração dado para isso. Disse ao Filipe, vamos tentar: se der dá, se não der, pronto”.

Desde então, o grupo tem atuado no Havre, mas foi também para Caen, Rouen, Paris, Lille,… “Agora andamos assim por todo o lado. É uma alegria. Uma alegria de encantar os nossos e de encantar também os Franceses. Há muitos Franceses que gostam da nossa música”.

Para além de Manuela e de Filipe, no grupo cantam também as filhas, Virginie e Salomé. “E qualquer dia o netinho” ameaça Manuela Pereira a sorrir.

Virginie tenta fazer uma carreira a solo. “Mas é complicado” diz a mãe. “Ela gostava de ir avante e gostava de ir mais longe”. Virginie costuma cantar acompanhada à viola em espaços mais intimistas, mas também subiu ao palco da Salle des Fêtes de Graville, no sábado passado.

“Esta associação é formidável, estou contente por ser convidada mais uma vez, é uma associação que já me deu muito trabalho, mas são sobretudo pessoas amigas, tanto o Filipe como a Manuela” diz Elena Correia, confirmando que cada vez há mais Franceses nos espetáculos da Lusibanda.

“Eu já constatei também que há muitos Franceses que compram os meus discos. Não percebem nada do que canto, mas a música não tem fronteiras, é como um português que compra discos ingleses sem entender o inglês” conta Elena Correia.

A artista cantou em palco a Canção da enfermeira, em dueto com José Malhoa. Por enquanto, continua a promover o álbum “Parabéns pra ti” que saiu no verão passado. “Devagar se vai ao longe… e por muito tempo” diz ao LusoJornal.

José Malhoa anuncia um novo álbum para maio e a partir dos próximos dias lança uma balada que integra precisamente o novo álbum. “O disco está gravado, tem canções fortes. Vai ser um ano bom, porque o material é muito bom, com canções diferentes” foi desvendando.