Festival ‘Au Fil des Voix’ abre hoje com concerto dedicado a Cabo Verde

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Os cantores Lucibela, Carmen Souza e Mário Lúcio vão estar hoje na sala emblemática de La Cigale, em Paris, para a abertura do festival ‘Au Fil des Voix’, para mostrar “a riqueza musical” inegável de Cabo Verde.

“Destacamos com frequência zonas do Mundo, mas raramente um país. Ainda mais quando se trata de um pequeno arquipélago, mas a riqueza musical deste país é inegável e queríamos mostrar tudo isto ao público francês”, disse Willy Robert, Coordenador do festival, em declarações à Lusa.

Esta noite, o concerto começa com a cantora oriunda de São Nicolau, Lucibela, seguindo-se depois Carmen Souza, que envolve o jazz com mornas, funáná e coladeiras, sendo depois o espetáculo encerrado por Mário Lúcio, músico e antigo Ministro da Cultura de Cabo Verde.

Em 2022, todos estes artistas lançaram novos álbuns, uma oportunidade para os apresentar em Paris. “Há claro uma coincidência temporal que é que estes três artistas acabaram de lançar um novo disco e esse é um dos critérios de seleção para o nosso festival, já que a ideia é sempre expor os seus trabalhos mais recentes junto dos programadores franceses, e tanto Lucibela, Carmen Souza e Mário Lúcio tinham esta atualidade fresca e vêm apresentar os seus trabalhos. Tínhamos muita vontade de mostrar mais de Cabo Verde nesta edição do Festival”, explicou Willy Robert.

Esta é uma oportunidade de ver em França diferentes gerações de músicos caboverdianos, que, cada um à sua maneira, têm vindo a inovar a música do país. Um “risco” para o festival, mas que vai dar a conhecer a um público mais amplo estas músicas. “Desde o início tínhamos boas perspetivas e mesmo se as vendas de bilheteira não são extraordinárias, a ideia é arriscar, dar a descobrir Cabo Verde ao nosso público até porque temos um número importante de fiéis, que nos acompanha sempre na abertura e no encerramento”, disse o organizador deste festival.

Outras latitudes e géneros musicais estão presentes neste festival de músicas do mundo, com os encontros entre diferentes artistas e culturas a marcarem a programação que vai até 11 de fevereiro passando pela América do Sul, Médio Oriente e com um grande interesse em África.

“Os franceses têm muito interesse nas sonoridades africanas porque temos um laço histórico muito forte com África e temos muitos franceses de origem africana e esta música faz também parte da cultura francesa. Mas não criamos guetos musicais, é um festival de encontros. Temos o projeto Amdagor, de Abdoulaye Nderguet e Emmanuel Bex, que se conheceram numa viagem ao Chade, ou Marc Buronfosse e Lynn Adib, um francês e uma síria, que colaboram”, indicou Willy Robert.

Este é um festival aberto a todos os artistas de música do mundo, recebendo a partir da primavera candidaturas para a edição de 2024, sendo que o único critério é já ter um trabalho editado.

 

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