Franco-português acusado em Portimão por burla qualificada e branqueamento de capitais

Um cidadão franco-português foi acusado pelo Ministério Público português por três crimes de burla qualificada e um de branqueamento de capitais, estando o processo na secção de Portimão do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro.

O arguido tem 40 anos e é considerado pela acusação como o autor de “um esquema ardiloso para enganar cidadãos franceses e levar a que lhe entregassem elevadas quantias em dinheiro”, beneficiando da dupla nacionalidade luso-francesa que possuía, revelou o Ministério Público (MP).

A acusação alega, também, que o esquema levou o homem a “intitular-se advogado, alegar, falsamente, que exercia atividade de mediação imobiliária, constituir empresas de fachada e publicar anúncios em jornais franceses destinados a atrair reformados dessa nacionalidade que pretendessem comprar imóveis em Portugal”, sustentou o MP em comunicado.

Através deste esquema, o arguido conseguiu alegadamente “enganar três cidadãos franceses” e “que lhe entregassem cerca de quinhentos mil euros”, sustentou o MP.

“Com parte desse dinheiro, o arguido terá adquirido, além do mais, veículos automóveis de marca Porsche e Mercedes-Benz, que, porém, não terá registado em seu nome”, segundo a acusação.

O MP requereu “a perda das vantagens obtidas pelo arguido e ainda não ressarcidas, no valor de 458.500 euros”, mas também de “a perda de cerca de 745.000 euros, correspondente ao valor do seu património que não é compatível com os seus rendimentos lícitos e fiscalmente comprovados”.

 

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