Fundação Gulbenkian em Paris faz balanço positivo de mudança de estratégia em França

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A Delegação da Fundação Gulbenkian em Paris faz um balanço positivo da nova estratégia, desenvolvida desde há dois anos para a sua presença em França, e multiplica a sua programação em 2022 com uma forte presença na Temporada Cruzada.

“Por enquanto, medimos o impacto um pouco intuitivamente, pelo número de instituições que nos contactaram. Vamos apoiar 12 este ano, mas recebemos 27 candidaturas corretas com projetos válidos. Sobretudo a procura que temos tido par parte das instituições francesas, significa que esta estratégia dá sinais muito positivos”, afirmou Nuno Vassalo e Silva, Diretor da Delegação em França da Fundação Calouste Gulbenkian, em declarações à Lusa.

Abandonando a sua sede junto ao Hôtel des Invalides, em 2019, a delegação da Fundação Calouste Gulbenkian decidiu centrar-se na cooperação com instituições francesas, apoiando exposições de artistas portugueses em todo o território gaulês. De forma a continuar esta política de cooperação com as instituições francesas, a Gulbenkian promove até 29 de abril o apelo anual a exposições.

Em 2021, foram apoiados 12 projetos que envolvem cerca de 50 artistas com um orçamento de 220 mil euros.

Os projetos apoiados em 2021 vão dar origem este ano a exposições como “A vida invisível”, onde 12 mulheres fotógrafas portuguesas vão expor os seus trabalhos em Pontault-Combault, a exposição de Pedro Costa, Rui Chafes e Paulo Nozolino, no Centro Pompidou, ou “O Olho do Labirinto”, uma retrospetiva de Vieira da Silva no Museu Cantini, em Marseille.

A delegação da Fundação Gulbenkian em Paris apresentou ontem a sua agenda para 2022, com uma exposição dedicada ao seu fundador, no Hôtel de la Marine, um prémio para as artes participativas e uma nova ronda de apoios aos artistas portugueses em França.

“Não é uma agenda da Fundação, é um diálogo com as instituições culturais francesas, isso é o mais importante. É algo que resulta de uma exigência natural das instituições que conhecem os seus públicos, as preocupações das Comunidades que servem e que se candidatam aos nossos apoios”, disse o Diretor.

Com a Temporada Cruzada entre França e Portugal a decorrer até outubro, a Fundação Gulbenkian em Paris, “que tem tido essa missão desde sempre”, segundo o Diretor, entra no coração desta programação cruzada, protagonizando alguns dos momentos fortes dos eventos culturais em terras gaulesas. A Fundação Calouste Gulbenkian é também um dos principais patrocinadores desta iniciativa que liga Portugal e a França.

A exposição “Gulbenkian por ele próprio: na intimidade de um colecionador” vai trazer até ao recentemente renovado Hôtel de la Marine, em plena Place de la Concorde, entre 10 de junho e 02 de outubro, 90 obras da coleção de Calouste Gulbenkian que o próprio magnata instalado em Lisboa comprou, escolheu e cuidou.

Outro ponto alto do calendário, é a exposição “Tudo o que eu quero – Artistas Portuguesas de 1900 a 2020”, que já esteve em Lisboa e que agora será apresentada no Museu Olivier Debré, em Tours, de 25 de março até 04 de setembro.

No sentido contrário, a exposição “Oxalá”, que esteve até há pouco tempo em Marseille, viajou para Lisboa e pode ser visitada até 22 de agosto, na sede da fundação.

Com o centro de artes Centquatre e a Fundação Edmond de Rothschild, a Gulbenkian está a organizar um programa que visa premiar as melhores práticas de artes participativas, com quatro projetos-piloto a receberam cada um 15 mil euros. A tónica deste ano são as artes visuais.

 

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