LusoJornal | Mário Cantarinha

Governo criou o Comissariado para as comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões


Foi hoje publicado, no Diário da República o Despacho que cria o Comissariado Consultivo para as Comemorações do 5° Centenário do Nascimento de Luís de Camões, assinado pelos dois membros do Governo responsáveis pelas áreas dos Negócios Estrangeiros e da Cultura.

Este Comissariado está encarregado de definir, até maio, o programa para as comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, a cumprir durante um ano, a partir de 10 de junho de 2024. O documento foi assinado pelo Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, que tutela o Instituto Camões.

A proposta de programa, segundo o Despacho, “deverá ser apresentada ao Governo até 20 de maio” próximo, com o início das comemorações a ter início em 10 de junho, 21 dias mais tarde, prolongando-se por um ano até ao 10 de junho seguinte, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades de 2025.

O Conselho de Ministros já tinha estabelecido que a Comissária destas comemorações é a professora catedrática Rita Marnoto, da Universidade de Coimbra.

O Comissariado Consultivo agora criado é composto por representantes do Instituto Camões, nomeadamente pelo investigador Joaquim Coelho Ramos e a Diretora de Serviços Culturais, Cristina Caetano; da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), pela Diretora, Inês Cordeiro, e pela subdiretora-geral, Margarida Lopes; da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), através do subdiretor-geral Bruno Eiras; e pelo Diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues.

O Instituto Camões será a “entidade responsável pela coordenação da dimensão externa do programa”, a BNP terá “a coordenação da dimensão interna”, a DGLAB, “a coordenação da dimensão do livro, das bibliotecas e da leitura”, e a Direção-Geral das Artes coordenará “a dimensão artística do programa”, como se lê num comunicado do Ministério da Cultura.

A resolução de 2021 do Conselho de Ministros sublinhava a importância das comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões (1524-1580), considerando-a “uma oportunidade única” para pensar o legado de “um dos maiores vultos da literatura universal […], reconhecido como fundador de uma ideia de universalidade que hoje nos surge como revolucionária na escrita, na vocação e no pensamento”.