Governo quer transformar Museus municipais em polos de futuro Museu Nacional da Emigração

“O Museu da Emigração está nos nossos planos”. A garantia foi deixada ontem pelo Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes (na foto), que respondia a uma pergunta do Deputado do Partido Socialista eleito pelo círculo eleitoral da Europa, Paulo Pisco, no âmbito da discussão do Orçamento de Estado para 2018 na especialidade.

O Parlamentar relembrou que no passado dia 27 de outubro foi aprovada, na Assembleia da República, uma recomendação ao Governo para que sejam feitas diligências no sentido de se criar um Museu Nacional de Emigração, que se justifica “num país como Portugal que ao longo de séculos e gerações foi deixando a sua marca no mundo”.

Segundo Paulo Pisco, a criação este núcleo museológico “só perca por tardia” e defendeu que este espaço distingue-se dos Museus municipais na sua capacidade de afirmação, de sustentação e sustentabilidade, e recursos financeiros e técnicos.

“Como é que encara este projeto e quais as diligências feitas para que se possa dar seguimento ao que foi aprovado na Assembleia da República?”, questionou Paulo Pisco.

Luís Filipe Castro Mendes revelou que “não podia estar mais de acordo” e que encara o Museu Nacional da Emigração de uma perspetiva “desconcentrada”. “Defendemos que os Museus de âmbito mais local poderão ser transformados em polos do Museu Nacional”, afirmou, explicando que poderá ser criada uma rede de Museus, contando também com um Centro de Documentação, como foi proposto pelo PSD”.

Aquando da apresentação do Projeto de Resolução do PS para a criação do Museu, Paulo Pisco defendeu o espaço “deverá ser um lugar de cultura e de turismo, um espaço aberto às escolas”, um lugar de “debate, de reflexão e investigação, a carecer de um Centro de documentação, como aliás já existiu no tempo do Secretário de Estado José Lello”, apontou.

Paulo Pisco revelou que “há uma quantidade gigantesca de informação dispersa em monografias, objetos, arquivos, património edificado e linhagens de gerações de Portugueses do continente, dos Açores e da Madeira, à espera de quem lhes dê um destino”, e indicou que o Museu deveria ficar localizado “numa região de forte emigração, que seja central e de fácil acesso”.