LusoJornal / Carlos Pereira

Grupo Capoeira Sul da Bahia de Joinville-le-Pont organiza o 3º Festival de Capoeira de Sines

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Entre os dias 7 e 13 de agosto, a Association Sportive et Culturelle Arte do Berimbau Capoeira Sul da Bahia, com sede em Joinville-le-Pont, na zona de Paris, organiza a terceira edição do seu Festival de Capoeira na Baia de Sines, em Portugal, que promete ser “um momento excecional que valoriza a arte marcial afro-brasileira da Capoeira”.

Nuno Ferreira, o Contramestre de capoeira, radicado na região de Paris, e organizador do Festival, expressa “com orgulho” a sua satisfação em reunir mais de 200 pessoas dos quatro cantos do mundo na cidade onde nasceu, Sines. “É um momento de grande alegria e realização poder trazer a Capoeira para a minha terra natal e ver tantos capoeiristas e amantes da cultura afro-brasileira reunidos aqui” disse ao LusoJornal. “Este festival é um verdadeiro encontro de culturas, uma troca de experiências e conhecimentos que nos enriquece a todos”.

O Festival de Capoeira na Baía de Sines já se tornou num momento incontornável para todos os amantes da Capoeira, assim como para os entusiastas da cultura afro-brasileira. Este evento único reúne artistas, Mestres de Capoeira e os seus alunos, mas também apaixonados e curiosos de todo o mundo para celebrar essa prática ancestral cheia de história e tradição.

Durante o Festival, os cerca de 200 participantes, de França, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Brasil, Chile, Canadá… “terão a oportunidade de descobrir e experimentar a riqueza cultural da Capoeira por meio de uma variedade de atividades cativantes”.

Estão previstas oficinas de Capoeira conduzidas por Mestres conhecidos, que permitirão aos participantes de aprofundarem as suas técnicas e compreensão dessa arte marcial única. Haverá também Rodas de Capoeira, os círculos de jogo onde os capoeiristas se defrontam, e que vão resultar em momentos de espetáculo e de intercâmbio fascinantes.

A Arte do Berimbau Capoeira Sul da Bahia é uma associação dedicada à promoção e ao ensino da Capoeira com mais de 20 anos de existência, com o objetivo de “transmitir os princípios e a tradição desse rico património cultural, enriquecendo a vida dos seus praticantes e contribuindo para a difusão da cultura afro-brasileira”. O período de Covid fez reduzir consideravelmente o número de praticantes na região de Paris que, em 2019, rondava as 500 pessoas de todas as idades.

Nuno Ferreira, o Contramestre do grupo, nasceu em Sines. É filho de pai caboverdiano, mãe portuguesa, avó guineense e avô brasileiro. O pai, Alberto, foi jogador de futebol. Jogou no Vasco da Gama, no Boavista, no Belenenses e depois veio jogar para França. Nuno Ferreira veio ter com ele quando tinha apenas 12 anos de idade.

Desde 1994 que Nuno Ferreira pratica Capoeira e há 20 anos que está ligado ao grupo Sul da Bahia, que nasceu em Porto Seguro, no Brasil “onde o Brasil foi descoberto” acrescenta o professor. “Tenho levado a Capoeira a todos os tipos de público, desde crianças de 3 a 5 anos, aos mais velhos. A Capoeira une as famílias porque faz com que pais e filhos pratiquem juntos” explica Nuno Ferreira ao LusoJornal.

Esta 3ª edição do Festival de Capoeira na Baia de Sines vai propor também uma ampla diversidade de atividades desportivas e culturais, enriquecendo a experiência dos participantes. Haverá oportunidade para explorar outras modalidades desportivas, como surf, danças afro, slackline, batucada e ginástica natural. “Essas atividades complementares proporcionarão momentos de diversão, aprendizagem e interação, promovendo a diversidade e a riqueza cultural presentes ao longo do evento” disse ao LusoJornal o lusodescendente Wilson Vieira, responsável pela comunicação do evento.

Os organizadores anunciam também muita música, dança e cantos tradicionais da Capoeira. “Apresentações de percussão e danças afro-brasileiras irão trazer uma experiência imersiva e sensorial aos espetadores”.

Wilson Vieira sempre gostou de artes marciais e foi no Salão de artes marciais de Paris que descobriu a Capoeira. Depois, nas férias na Costa da Caparica, começou a treinar na praia com um grupo de ali estava, há muitos anos que pratica com Nuno Ferreira. “Dou-lhe uma ajuda na organização do Festival de Sines, mas também aqui, por exemplo ocupo-me de propor a prática de Capoeira nas empresas” diz ao LusoJornal.

Wilson Vieira destaca ao LusoJornal o “apoio inestimável” das cidades de Sines e de Porto Covo, e das empresas da Comunidade portuguesa. Agradece nomeadamente a Armindo Freire, da empresa SLCR e a Philippe Mendes do Grupo Mediatree, que apoia com a marca Atuality, mas destaca ainda as empresas Kalux e APS. “É com imensa gratidão que reconhecemos a contribuição fundamental deles para o sucesso deste evento ao longo das três edições”.

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