Lusa | Estela Silva

Hóquei em patins: França perdeu final do Europeu em Paredes, mas Portugal acusa-a de “comportamentos antidesportivos”

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A França perdeu este sábado a final do 54º Campeonato da Europa de hóquei em patins, que decorreu em Paredes, Portugal, ao ser derrotada pela Espanha por 2-1, após prolongamento.

Os Espanhóis impuseram-se aos Franceses, que procuravam o primeiro título europeu, graças a um golo de Toni Pérez no prolongamento, após o empate registado no final do tempo regulamentar, no qual marcaram o francês Bruno di Benedetto, aos 33 minutos, e César Carballeira, de grande penalidade, aos 40 minutos.

O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares entre Portugal e Itália foi cancelado pela federação europeia da modalidade, que invocou motivos de saúde pública, depois de terem sido detetados dois casos de Covid-19 na Seleção portuguesa.

No entanto, a Direção da Federação Portuguesa de Patinagem (FPP) repudiou “comportamentos antidesportivos” no jogo que decidiu os finalistas do Europeu de hóquei em patins, acusando França e Espanha de “não aplicarem valores de ética e fair play”.

“Negar competir é a antítese daquilo que deve ser a excelência das equipas, dos seus jogadores e dos seus treinadores. Ontem [sexta-feira], as Seleções nacionais de França e Espanha não aplicaram os valores de ética e fair play”, pode ler-se no comunicado da FPP, após a vitória da Espanha sobre França, por 3-1, que garantiu a final às duas Seleções.

No documento, a direção da FPP recordou uma série de factos que sustentam as acusações, começando por referir as duas vezes em que os árbitros tiveram de interromper o jogo por anti-jogo e advertiram os Capitães de ambas as Seleções, que acabariam sancionados com cartão azul a dois minutos do final do encontro.

“Por coincidência, o Capitão da Seleção francesa, que acumulava dois cartões azuis antes deste jogo, ficou ontem [sexta-feira] estrategicamente no banco e sem braçadeira, protegendo-o de eventuais suspensões, em caso de novo cartão azul”, refere a Direção da FPP.

Na mira dos dirigentes lusos, estão ainda as opções estratégicas das equipas, estranhando a FPP que, “num jogo que decidia a qualificação para a final, ambas as Seleções optaram por deixar de fora (na convocatória ou no tempo de jogo) alguns dos seus habituais titulares, tendo inclusive uma Seleção falhado deliberadamente um livre direto, ação que foi sancionada pelo árbitro com cartão azul”.

“Assumimos as nossas responsabilidades desportivas, neste Campeonato da Europa, com a mesma convicção com que repudiamos todos os comportamentos antidesportivos que, além de impactarem negativamente no nosso desporto e na credibilidade das nossas competições, ferem a verdade e ética do desporto. Hoje, temos uma medalha de bronze para ganhar”, conclui o comunicado.

Esta tomada de posição surge em reação aos factos ocorridos no Espanha-França, na última jornada da fase de ‘grupos’, num jogo em que a vitória dos espanhóis pela margem mínima ou por dois golos de diferença, como veio a acontecer (3-1), garantia a presença na final às duas seleções, deixando de fora o anfitrião Portugal.

Espanha, França e Portugal terminaram a fase de grupos com 10 pontos, mas o combinado luso acabou relegado para o jogo da medalha de bronze devido aos critérios de desempate.

Portugal é a Seleção com mais títulos (21), seguido pela Espanha, Campeã em título, com 18. A França não tem qualquer título internacional, mas disputou a sua sexta final de um Campeonato da Europa, o que já não acontecia… há 90 anos.

 

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