LusoJornal / Mário Cantarinha

III Coletânea de Poesia Lusófona em Paris foi apresentada no Consulado de Portugal

No Consulado Geral de Portugal teve lugar, mais uma vez, a apresentação da III Coletânea de Poesia Lusófona em Paris, numa edição da Portugal Mag Editora, com coordenação de Adélio Amaro e Frankelim Amaral.

As palavras de boas vindas foram do Cônsul Geral António de Albuquerque Moniz que elogiou a persistência do projeto já que também as primeiras duas edições foram apresentadas na sala Eça de Queirós do Consulado Geral de Portugal em Paris.

Na sala estava ainda o Cônsul Geral Adjunto, João de Melo Alvim e o Adido Social do Consulado, Joaquim do Rosário, assim como muitos dos poetas que contribuíram para esta Coletânea.

Nesta terceira edição participaram 78 poetas de 12 países diferentes, sempre em língua portuguesa. “Durante estas três Coletâneas, já publicámos poemas de quase 200 poetas, residentes em 24 países” disse Adélio Amaro na sua apresentação.

Como habitualmente, dois dos poetas que participaram na Coletânea foram convidados para a “mesa de honra”. Este ano foi o caso de Helena Esteves, residente em Paris, e de Rosa Beloto que veio especialmente de S. Paulo para participar neste lançamento parisiense do livro. “Como habitualmente, convidámos dois poetas para a mesa, em representação de todos os poetas que participam na Coletânea”.

Para além de Adélio Amaro, estava também na mesa o editor Frankelim Amaral. “Estou aqui enquanto editor, enquanto coordenador, mas também enquanto poeta, já que também dei o meu contributo enquanto poeta”.

Frankelim Amaral, que entretanto se mudou para Portugal, lembrou que se sentou naquela mesma mesa no dia 2 de dezembro de 2011 “para apresentar um livro do qual eu era autor e desde então já me sentei aqui muitas outras vezes, para apresentar outros livros que editei, para apresentar as Coletâneas, mas também para tirar fotografias para a revista Portugal Mag em muitos eventos que tiveram lugar aqui” disse. “É este bichinho que eu tenho para divulgar a cultura portuguesa”.

“O poeta sempre foi idealista, louco, sonhador, alquimista, feiticeiro, mendigo, rei e ladrão, mas é fundamentalmente um ser, um homem que acredita que as palavras, as letras, podem mudar o rumo do mundo” disse Frankelim Amaral.

“Há três anos, quando apresentámos aqui a primeira Coletânea, ninguém sabia qual ia ser o futuro deste projeto” disse Adélio Amaro. “E eu dizia ao Frankelim, vamos ver o que dá, eu acredito nos projetos, já trabalhei em inúmeros projetos ligados à poesia e por incrível que pareça, tem sido através da literatura que conseguimos mais projetos e temos ido mais longe”.

Na sua intervenção inicial, e antes da leitura de poemas, Adélio Amaro salientou que “temos poemas de poetas que têm a quarta classe e poetas que têm um curso universitário. Nós não queremos fazer uma Coletânea erudita, nós queremos fazer uma Coletânea de todos os poetas, queremos fazer uma Coletânea que tenha mensagem e nada melhor para transmitir mensagem que a poesia”.

Depois, virando-se para os poetas, disse: “Isto é nosso, poetas”. “Este não é um projeto comercial, embora tenha a chancela de uma editora, até por questões legais, mas é sobretudo um projeto coletivo”. Até porque cada um contribui com a sua difusão. “É muito importante para alguém que está em França, saber que os seus poemas chegam a Portugal, ao Brasil, aos Estados Unidos, à Turquia, a Macau… isto é que é a lusofonia, não são apenas os 9 países, a lusofonia está espalhada por todos os países do mundo, onde está alguém que fala português”.

O Cônsul Geral prometeu publicamente entregar uma edição da Coletânea ao Embaixador Castro Mendes “que foi incumbido pelo Primeiro Ministro para fazer um relatório sobre a produção cultural nas Comunidades”.

Aproveitou também para explicar que “recentemente tem havido menos atividades culturais no Consulado porque estamos com importantes obras no edifício”.

 

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