Intervenção de Paulo Pisco no 24° Congresso Nacional do PS


O LusoJornal transcreve na íntegra o discurso que o atual Deputado Paulo Pisco, eleito pelo círculo eleitoral da emigração na Europa, proferiu durante o 24° Congresso Nacional do Partido Socialista, que consagrou Pedro Nuno Santos como Secretário-Geral do Partido Socialista.

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“Saúdo o Presidente Carlos César, cuja reeleição honra muito o nosso partido e saúdo muito calorosamente o nosso Secretário-Geral Pedro Nuno Santos, com quem, com determinação, energia e ambição, enfrentaremos juntos os próximos combates eleitorais. Para ganhar…

Saúdo muito particularmente os nossos camaradas das Comunidades e os anseios que aqui trazem, que devem ser ouvidos, por tudo o que eles representam para Portugal e para a presença portuguesa no mundo.

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Caros Camaradas, tenho imenso orgulho em pertencer ao Partido Socialista, um grande partido que luta, que resiste e que nunca se deixa abater por nenhuma adversidade ou por forças que nos queiram destruir. Já tentaram várias vezes e falharam e nós ressurgimos sempre com energia redobrada, mobilizados para pôr o melhor de nós ao serviço do país, agora sob a liderança determinada do nosso camarada Pedro Nuno Santos, para ganhar eleições, para lutar por um país mais livre e democrático, mais justo e fraterno.

Quando à nossa volta, em Portugal, na Europa e no mundo, se fabrica incerteza e instabilidade, o PS tem de ser um fator de estabilidade e de previsibilidade, por todos e para todos, num Portugal inteiro onde as comunidades estejam também de parte inteira, para reforçar o nosso desenvolvimento económico e para a nossa projeção no mundo.

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Camaradas, estar na política exige coragem e determinação. Coragem para reformar os setores que forem necessários para garantir a estabilidade, desde logo a Justiça. Nenhum país civilizado pode passar a vida de crise em crise, em instabilidade permanente, em eleições de dois em dois anos. Quem assim ataca o PS, não está só a atacar o PS, está a destruir o país, a arruinar o nosso amor próprio, a afastar o investimento estrangeiro, a degradar a nossa imagem internacional, a lançar a política para os braços da extrema-direita, que é uma ameaça aos valores e às instituições democráticas. Uma extrema-direita que cria o caos e a desordem só para poder dizer que existe caos e desordem e por isso não podemos deixar que ela se normalize, como está a acontecer em França e noutros países.

Temos imensos desafios pela frente, mas como ontem disse António Costa, a quem presto aqui o meu tributo pelo que fez por Portugal, só o PS poderá fazer melhor que o PS.

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Camaradas, Portugal nunca será completo sem incluir plenamente as Comunidades no nosso destino coletivo. Quando falamos das Comunidades, não estamos a falar de uma coisa distante, estamos a falar de um gigantesco potencial afetivo, cultural, diplomático e económico.

Muito foi feito, mas muito há ainda por fazer, sobretudo agora que as Comunidades participam mais e estão mais presentes. E participam mais porque nós democratizámos a participação eleitoral com o recenseamento automático, com António Costa, Augusto Santos Silva e José Luís Carneiro, permitindo que mais de um milhão e duzentos mil portugueses nas Comunidades pudessem também participar, tirando ao PSD a obsessão antidemocrática pelo controlo dos votos.

Mas é sempre preciso mais ambição para as Comunidades e fazer aquilo que ainda não foi feito. Acabar com as discriminações onde quer que existam. É preciso ouvir a voz das Comunidades e não cair na tentação de decidir por elas. É preciso resolver o problema enorme que é a mudança da residência fiscal para Portugal de milhares de compatriotas nossos que querem gozar tranquilamente a sua reforma no país, mas não serem violentamente taxados em IRS, muito para além do que seriam no país onde constituíram a reforma. E é preciso ir mais longe em vários outros domínios.

Estamos juntos! Estamos na luta! Vamos ganhar!

Viva o PS

Viva Portugal”