LusoJornal / Mário Cantarinha

João Moniz expõe no Consulado de Paris

A exposição «Singularités du Blanc» de João Moniz, está patente ao público no espaço Nuno Júdice do Consulado Geral de Portugal em Paris, até dia 3 de novembro. A inauguração teve lugar no dia 04 de outubro e foi presidida pelo Cônsul Geral Adjunto de Portugal em Paris, João de Melo Alvim.

«Este sítio só ganha com obras de arte desta dimensão» disse o Cônsul Geral Adjunto na sua intervenção. «Torna os quadros acessíveis a pessoas que, em circunstâncias normais, acabavam por não as ver». Depois agradeceu ao «Mestre» por ter escolhido mostrar estas telas no Consulado de Paris.

«São quadros inéditos e é uma oportunidade para o público que vem aqui – eu não gosto de utilizar o termo emigrante, pode ser depreciativo – mas permite esta ligação com a cultura» disse João Moniz ao LusoJornal. «A cultura não é um fundamento, é uma regra, podermos contribuir para os outros e não fazê-lo egoisticamente para si próprio».

A exposição é composta por 32 quadros de formatos médios, todos pintados entre 2013 e 2016, utilizando duas técnicas diferentes: óleo sobre tela e colagem e acrílico sobre tela e colagem. «São quadros que estavam no meu atelier, no Bateau Lavoir, aqui em Paris, que ninguém tinha visto ainda, por isso são inéditos» disse ao LusoJornal.

João Moniz nasceu em Lisboa, no dia 3 de janeiro de 1949, e fez a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Depois fez duas escolas superiores em Paris: a École Nationale Supérieure des Beaux Arts de Paris e o Atelier Gustave Singier. «É um pintor intimista, minucioso, que procura num espaço e num tempo primordial e espiritual uma luz criativa apontadora de caminhos pictóricos» diz a nota do Consulado de Paris enviada às redações.

Por isso, os quadros expostos no espaço Nuno Júdice, só podem estar «ligados à escola de Paris, ligados à abstração, há um certo lirismo, uma certa nudez» explica o próprio pintor, argumentando que «é difícil falar da sua própria pintura».

«É preferível um dogma que nós interpretamos ao ver os quadros, vamos à descoberta própria, os seres tornam-se livres e criativos porque os interpretam à sua maneira» diz João Moniz. «Eu fiz estes quadros à minha maneira, mas agora eles já não me pertencem, agora cada um vê-os como quer e como pode».

No seu percurso artístico já expôs, desde os anos 70, em salas tão importantes como o Centro Cultural Português da Fundação Gulbenkian em Paris, a Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, a Maison de Culture da la Rochelle, o Instituto Camões em Paris, a Galeria In Zwinger na Alemanha, as Galerias Quadrum, Galeria 111 e Galeria António Prates, em Lisboa, a sede da UNESCO em Paris, ou o Centro Cultural de Cascais Fundação D. Luís I.

Este ano já expôs na Assembleia da República Portuguesa e agora naquele que é o maior Consulado de Portugal no mundo.

 

LusoJornal / Mário Cantarinha

 

Até 3 de novembro

Consulado Geral de Portugal

Espaço Nuno Júdice

 

 

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