Lusa

José Cesário volta a ser Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas


Com 65 anos de idade, natural de Viseu, José Cesário regressa ao Governo para ocupar, novamente, as funções de Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, missão que já exerceu por três vezes, nos XV, XIX e XX Governos constitucionais, tendo ocupado também, no XVI Governo, as funções de Secretário de Estado da Administração Local.

José Cesário foi eleito Deputado pela primeira vez, em 1983, na III Legislatura, e em 2015 chegou a ser Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Foi várias vezes eleito pelo círculo eleitoral de Fora da Europa, mas Rui Rio afastou-o do Parlamento, tal como afastou Carlos Gonçalves. Na última Legislatura, o único Deputado do PSD eleito pelos dois círculos da emigração foi o “invisível” Maló de Abreu, que entretanto chegou a ser candidato, por alguns dias, do Chega, neste mesmo círculo eleitoral.

A eleição de Luís Montenegro para líder do Partido, trouxe novamente José Cesário para o núcleo central do PSD, com as funções de Coordenador das Comunidades Portuguesas desde 3 de julho de 2022.

Pelo passado, chegou a ser Secretário-Geral Adjunto do PSD, entre 1988 e 1990.

Licenciado em Administração e Gestão Escolar, foi professor do Ensino Básico, membro da Direção do Sindicato de Professores da Zona Centro e fundador da Associação Nacional de Professores do Ensino Básico.

Se alguém no PSD conhece as Comunidades portuguesas é, certamente, José Cesário, contrastando com os Secretários de Estado José Lello, António Braga, José Luís Carneiro, Berta Nunes e Paulo Cafôfo, que descobriram esta área quando foram nomeados e necessitando de algum tempo de adaptação e de compreensão.

Depende agora do grau de entendimento e de autonomia que tiver com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel.

Pela frente, José Cesário tem para resolver alguns Consulados com elevado tempo de espera, tem de abrir o Centro de Atendimento Consular centralizado para os países que ainda não o têm, espera-se que ponha fim às Propinas no ensino de português no estrangeiro que ele próprio criou por indicação do então Ministro Paulo Portas, e que tenha a tutela do Instituto Camões, para poder trabalhar esta área que tem sido assunto de protestos por quem não tem possibilidade de ter aulas de Português.

Espera-se que convoque brevemente a primeira reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas e que encare como prioridade os apoios aos órgãos de comunicação social portugueses no estrangeiro.
A uniformização das metodologias de voto e, enfim, os testes de voto eletrónico, são também esperados pelas Comunidades portuguesas.