Nuno Peixeiro, Leitor do LusoJornal

Legislativas’22: Portugueses queixam-se por não terem recebido o boletim de voto

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]

 

 

As reclamações por não receção dos boletins de voto para a repetição das eleições legislativas pelo círculo eleitoral da Europa continuam a chegar ao LusoJornal. Durante o fim de semana, alguns dos leitores do LusoJornal mostraram-se preocupados por não poderem votar.

“Neste sábado, dia 12 de março, fui ao Centre de Distribution de la Poste à Genevilliers numa tentativa desesperada de encontrar o meu envelope para votar para as Legislativas” diz ao LusoJornal Nuno Peixeiro, explicando tratar-se do Centro dos correios abrange as cidades de Genevilliers e de Asnières-sur-Seine (cujas fotografias ilustram esta notícia). “Consegui que o responsável encontrasse e me entregasse a carta. No entanto, vi, só no meu sector de distribuição, dezenas e dezenas de cartas não distribuídas. Na comuna inteira de Asnières-sur-Seine, o número estará na casa das centenas. Nenhuma destas cartas chegará a horas” garante ao LusoJornal.

António Costa perguntou ao LusoJornal se todas mesas de voto do círculo eleitoral da Europa deviam repetir a eleição, tentando perceber porque razão não recebeu ainda o boletim de voto. “A minha mulher está sempre em casa porque é porteira, por isso não é por falha nos correios franceses que a carta não chegou. Eles conhecem-nos bem e nós também os conhecemos” argumentou.

Mas Nuno Peixeiro diz ter tentado obter justificação para o atraso. “Segundo os CTT, as cartas foram enviadas dia 23 de fevereiro, e chegaram a França dia 4 de março. No meu caso particular, a carta passou vários dias em tentativa de distribuição” e compreendeu que o problema era mesmo dos correios franceses. “O carteiro com quem falei confidenciou-me que como as cartas só são entregues contra assinatura, mas não trazem um formulário para essa assinatura, a Poste tem que preparar manualmente esses formulários o que atrasa a distribuição”.

Maria Antoniela Silva, de Nantes também tentou procurar justificação junto do LusoJornal. “Da primeira vez recebi o boletim de voto sem qualquer problema, mas desta vez não cheguou nada. É mesmo estranho”.

Nascida em França, filha de pais portugueses, em janeiro foi a primeira vez que votou para as eleições portuguesas. “Os meus pais sempre me transmitiram a importância da democracia e sempre votei em França. Mas é verdade que nunca tinha tido o reflexo de ir inscrever-me no Consulado para votar em Portugal. Em janeiro, quando recebi o meu boletim de voto pelo correio, telefonei ao meu pai, contente, explicando-lhe que também ia votar. E votei. Mas desta vez não chegou nada. O meu pai já votou, mas eu não” disse quando contactou o LusoJornal pelo telefone.

António Costa está “desanimado”. “Com Portugal tem sempre que haver problemas” desabafa. “Ou são envelopes pequenos demais para os boletins de voto, ou anulam os votos sem mais nem menos…”. Desta vez vai ficar sem votar. “E logo eu que tenho votado sempre…”

Manuel Pereira recebeu o boletim de voto no sábado e já não tinha tempo para votar. Foi um artigo no LusoJornal que lhe explicava que podia votar mesmo depois do dia 13 que o fez reagir junto do jornal. “Como é possível votar depois da votação ter terminado?” perguntava. Da redação respondemos que os boletins de voto tinham de chegar a Portugal até 23 de março. “Então porque estão os anuncios a dizer que a votação decrrer até 13 de março?” perguntou.

Todos concordam que o processo tem de ser “revisto uma vez por todas” como resumiu Manuel Pereira. Porque “mais uma vez, votar enquanto emigrante é um desafio” completa Nuno Peixeiro.

 

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]