Lusa | Nuno Veiga

Legislativas’24: Inês Sousa Real (PAN) quer que voto dos emigrantes “decorra tranquilamente”


A porta-voz do partido PAN -Pessoas-Animais-Natureza – acusou ontem o Chega de irresponsabilidade e de adotar estratégias eleitorais idênticas às de Donald Trump, nos Estados Unidos, após André Ventura ter alegado a possibilidade da anulação de votos no seu partido.

“Nós achamos que é uma irresponsabilidade por parte do Chega estar aqui a trazer mecanismos eleitorais ou estratégias eleitorais como as que vimos nos Estados Unidos para pôr em causa o ato eleitoral”, afirmou aos jornalistas Inês Sousa Real.

A cabeça de lista do PAN por Lisboa lembrou o “afastamento das urnas” na repetição das eleições legislativas no círculo eleitoral da Europa em 2022. Nesse ano, os eleitores participaram de novo no ato eleitoral para eleger dois Deputados, na sequência da anulação de 80% de votos em assembleias do círculo da Europa, na sequência da mistura de votos válidos com votos inválidos, não acompanhados de cópia do documento de identificação.

“Quando se teve de repetir o ato eleitoral (…) houve mais abstenção do que a que tínhamos tido. Temos de ter aqui a responsabilidade de permitir que o ato eleitoral decorra tranquilamente. (…) E confiar naquilo que tem sido o papel dos escrutinadores – das pessoas – que voluntariamente vão para as mesas de voto e que têm feito o seu trabalho em prol da democracia, ao invés de estarmos a lançar suspeições”, salientou Inês Sousa Real.

“Estar a criar ruído durante a campanha não passa mais do que uma estratégia eleitoral como já vimos pela mão de Donald Trump nos Estados Unidos e que claramente não corresponde àquilo que tem sido o sentido de responsabilidade dos portugueses que fazem parte das mesas de voto e à qual só podemos agradecer pelo serviço que à democracia”, acrescentou.

No sábado à noite, o líder do Chega alegou estar em curso uma tentativa para “desvirtuar o resultado” das eleições, que passaria por “anular os votos” do seu partido.