Legislativas’24: Tiago Correia vai ser o cabeça de lista do Livre pelo círculo da Europa



Tiago Correia, 31 anos, Engenheiro de materiais a residir em Bracknell, no Reino Unido, vai ser o cabeça de lista do partido Livre às próximas eleições Legislativas de março de 2024, pelo círculo eleitoral da Europa. Foi eleito nas eleições primárias digitais que o partido organizou esta semana. O número dois da lista é Diogo Calado, professor de desporto na Alemanha.

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Tiago Correia diz que o Livre é “um verdadeiro partido de Esquerda moderada, libertário, europeísta e ecologista”

Natural de Alto do Seixalinho, Barreiro, Tiago Correia concorreu às eleições internas do partido. “Atualmente encontro-me no Reino Unido onde os principais interesses passam por ser política, desporto, vídeo-jogos e culinária”. Trabalha em Engenharia, na área da Energia, mas mais virado para os materiais usados. “Com o sentido de sustentabilidade que tenho naturalmente para o desenvolvimento de materiais, tenho agido como um agente de mudança em como podemos usar outros materiais mais sustentáveis ou de alguma maneira tentar tornar os materiais que usamos hoje em dia na indústria da borracha mais ‘verdes’: seja pela possível reciclagem ou pela reutilização desses mesmos materiais” explica.

Diz ainda que “tento sempre aprender ao máximo, acreditando piamente na melhoria contínua pessoal”.

Politicamente, entrou no Livre “por sentir ser um verdadeiro partido de Esquerda moderada, libertário, europeísta e ecologista. Sinto-me assim perfeitamente enquadrado com as ideologias do Partido, e adoraria contribuir mais, sendo que também ainda tenho muito a aprender”.

Tiago Correia acredita que “sinto que consigo representar os ideais do Livre à nossa diáspora europeia”.

“Grande parte da nossa diáspora já vê partidos ecológicos e europeístas a ganhar voz e a representar nos grandes Parlamentos europeus. Acredito que, com esse ímpeto, conseguiremos apelar ao sentido de voto ao Livre. Além de mais, com uma guerra na Europa e conflito entre Palestina e Israel, somente o Livre conseguiu, na minha opinião, vocalizar o verdadeiro sentimento de solidariedade de Esquerda” escreveu na apresentação da candidatura. “Também defendemos que no atual ambiente político em Portugal vivemos uma crise de Regime, uma frase muito bem recebida por muitos Portugueses. Temos de focar o que conseguimos fazer melhor, e naquilo que é os princípios e ideias do Partido. É essa a minha plataforma e a razão para a qual de candidato”.

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Diogo Calado quer mais Deputados a representar a emigração

Diogo Calado também apresentou a sua pré-candidatura entre 20 e 27 de novembro, e obteve 2.387,15 pontos, menos do que os 2.460,38 pontos de Tiago Correia.

Diogo Calado nasceu em Lisboa há 39 anos e é licenciado em Educação Física e Desporto. Partiu há 9 anos para a Alemanha “por falta de oportunidades em Portugal”, e “desde então passei por diversas experiências profissionais sempre na área do desporto e desde há cinco anos sou professor de desporto no sistema dual de formação profissional numa cidade de média dimensão do leste da Alemanha junto à fronteira com a Polónia”.

“Aqui nasceu a minha filha que, espero eu, um dia possa fazer de Portugal a sua casa, assim consigamos que o nosso país seja o país com que sonhamos” diz o candidato. “Neto de um Deputado constituinte acredito numa democracia plural e participada, interessada verdadeiramente nas pessoas e na resolução dos seus problemas e na dignidade da vida humana”.

Simpatizante do partido desde 2013, aderiu em 2022 ao Livre porque considera que é “um partido que defende aquilo em que acredito: uma sociedade mais justa, mais solidária e mais ecológica”.

“Sendo os círculos eleitorais da emigração atualmente dos maiores com mais de 1,5 milhões de inscritos, número somente superado pelos círculos de Lisboa e do Porto, há que rever o número de Deputados eleitos pelos círculos da emigração e está na altura de ter Deputados oriundos da emigração com um melhor conhecimento deste espaço político, das Comunidades, das suas dinâmicas e necessidades” afirma Diogo Calado. “Peça fundamental na economia portuguesa, seja pelo envio de remessas ou por investimentos diversos, os emigrantes portugueses têm sido esquecidos pelos Deputados que os deveriam representar na Assembleia da República”.