Lusa | Hugo DelgadoLegislativas’25: Ministro Paulo Rangel responsabiliza correios no estrangeiro por dificuldades de voto de emigrantes_LusoJornal·Comunidade·23 Maio, 2025 O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, garantiu ontem que a impossibilidade de votar nas últimas legislativas, relatada por alguns emigrantes, se deveu a problemas nos correios das regiões onde essas pessoas moram e não aos CTT. “Este não é um problema novo”, admitiu o Ministro. “A razão principal para o problema não está nos correios portugueses, está em alguns territórios onde os correios não funcionam ou funcionam deficientemente”, alegou, adiantando como exemplo casos em que os correios regionais fazem “pedidos de pagamento adicional quando está tudo protocolado para que não haja nenhum pagamento por parte de cidadãos portugueses”. Paulo Rangel reconheceu que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto tutela das Comunidades portuguesas, tem recebido queixas e informações. Isto “é um problema endémico” que tem levado a vários debates, sobretudo nas Comunidades portuguesas no estrangeiro, sobre a alteração do sistema eleitoral e o voto eletrónico. “O voto eletrónico põe problemas de segurança e de confiança muito grandes”, mas seria “a forma de se contornar um parceiro que temos de ter em cada território, que é a administração dos correios do país em causa”, disse. “Há aqui uma coisa que o Ministério da Administração Interna me relatou e que eu posso dizer: os CTT têm tido um papel muito importante em desbloquear algumas situações que foram denunciadas bastante cedo e que permitiram prevenir outras”, acrescentou Paulo Rangel. “Obviamente, por mais prevenção que façamos, por mais que as nossas missões diplomáticas, oficiais de ligação da Administração Interna e a empresa CTT façam, há sempre situações que não é possível resolver”, avançou o Ministro, sublinhando que o problema não pode ser resolvido pelo seu Ministério. “Isto tem a ver com a administração eleitoral, não passa por nós, tem a ver com a Comissão Nacional de Eleições”, concluiu.